domingo, 13 de novembro de 2011

Transporte Ferroviário

A Ferroban (Ferrovia Bandeirantes S.A.), concessionária que assumiu a malha paulista da Rede Ferroviária Federal na privatização de 1998, transformou 1.354 quilômetros de cabos de energia de alto valor de mercado (de materiais como alumínio e cobre) em sucata.
A malha paulista é controlada hoje pela ALL (América Latina Logística).
A história revela um roteiro de descontrole e abandono de importante patrimônio de uso público.
Esses cabos de energia faziam parte da chamada rede aérea, o sistema que servia ao suprimento de eletricidade para as locomotivas elétricas usadas no transporte ferroviário de passageiros em São Paulo. Essa é a mesma infraestrutura que ainda hoje funciona na capital.
Em 1971, esse mesmo sistema construído e operado pela então Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.) transportava 13 milhões de passageiros por ano no Estado.
Com o desmonte do sistema, o transporte ferroviário de passageiros no território paulista inviabilizou-se de vez.
Estima-se que mais de 80 locomotivas elétricas estejam largadas e sendo consumidas pelo tempo em pátios Estado afora. Esses mesmos equipamentos foram postos à venda como sucata em leilão suspenso recentemente pelo Ministério dos Transportes.
Em nota, a Rede Ferroviária Federal informou que os cabos recuperados após o corte foram a leilão, já como sucata, em 27 de junho de 2002. A venda gerou receita de R$ 12,090 milhões -R$ 16,1 milhões abaixo do cálculo feito pela Rede.
Em 2003, a RFFSA ajuizou uma ação em que pedia indenização de R$ 28 milhões à Ferroban, hoje ALL. A ação ainda corre na Justiça.
Fonte: www.uol.com.br 

Um comentário:

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Amigo Carlos Ferreira

É chocante tal notícia, pois as ferrovias CPEF - Companhia Paulista Estrada Ferro privada e genuinamente brasileira e a EFS - Estrada de Ferro Soocabana estatal palista, foram das que mais desenvolveram a tração eletrica, com muito sucesso.

Outrossim como se sabe o que mais impedia a tração elétrica era o capital demandado às instações fixas.

No mais é imbatível diante das demais, principalmente de tempos para cá por utilizar energia não poluente e da qual somos ricos.

Suas locomotivas são de menor peso morto etc.

Assim salvo melhor juizo fica difícil entender mais este atraso em nosso sistema, a menos que se estivessem renovado e modernizando instalções e locotivos, o que não nos parece o caso.

Evidentemente que a concessionária não pode ter feito isto sem autorização do governo federal, pois por contrsato está obrigada a devolver a União todo o patrimônio dela recebido, pois é de sua propriedade.

Outrossim a extinção do serviço de passageiros, salvo os suburbanos se deram por decisão do governo federal anterior a privativa. Só o transporte de carga foi privatizado.

É de se levar em conta que pelo tempo e uso as instalçoes fixas e locomotivas, precisem ser substituidas, por rzaões econômicas.

Abraços, saúde e Paz de Cisto.
Luiz Carlos/MPmemória.