terça-feira, 26 de julho de 2011

Patrimônio público


O patrimônio em ruínas
por Wilson Cid
Faz dez anos, talvez um pouco mais, que entidades culturais de Juiz de Fora e da região se uniram num movimento que tinha como objetivo salvar da destruição total o velho casarão Registro de Paraibuna, na divisa de Minas e Rio de Janeiro. A campanha ruiu, ao contrário casarão histórico, que, mesmo em estado de abandono, está resistindo, com seus ares mal-assombrados, como se quisesse guardar o antigo aspecto da passagens e detenção de escravos e contrabandistas, de quem a polícia da Corte desejava tirar pedras e pepitas sonegadas. Tentou-se, sem êxito, que a prefeitura de Simão Pereira se interessasse pelo restauro e preservação. Depois, em novo fracasso, foi pedido de apoio do Instituto do Patrimônio de Minas. Já citado pelos viajantes desde 1778, e oficialmente chamado de Registro do Paraibuna a partir de 1830, esse imóvel já não terá como resistir por mais muito tempo.
Fonte: http://www.ternoticias.com.br/  
 
Registro do Paraibuna
Um termo de ajustamento de conduta (TAC) foi assinado em 2007 pelo Ministério Público Estadual e Prefeitura de Simão Pereira para conservação da mais importante alfândega do Brasil Colônia e uma das construções mais importantes da Estrada Real, caminho aberto nos séculos 17 e 18, pela coroa portuguesa, para levar ouro e diamantes, via porto do Rio de Janeiro (RJ), a Lisboa, em Portugal.

O Registro do Paraibuna é um prédio do século 18 e funcionou como alfândega do Brasil Colônia. Nessa construção, tombada pelo município de Simão Pereira, em 2000 e pertencente a particulares, era feita a fiscalização das mercadorias que entravam e saíam da Capitania de Minas, cobrava-se o quinto do ouro e, muito mais, procurava-se impedir o contrabando das riquezas. Pelo documento, a municipalidade terá que desapropriar o casarão de dois pavimentos e 39 metros de fachada, que fica a 100 metros da divisa de Minas com o Rio de Janeiro, à beira da antiga Rodovia União Indústria. Diante da situação precária do imóvel, a prefeitura deverá elaborar, para análise, o projeto de restauração, com aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), vinculado ao sistema estadual de cultura, e do Conselho Deliberativo de Cultura e Patrimônio Histórico de Simão Pereira.

O TAC (termo de ajustamento de condut) foi assinado, na época (2007) pela promotora de Justiça Vânia Menezes Costa Pinheiro, pelo prefeito Antônio José Gonçalves da Silva e pelo chefe da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Histórico, Cultural e Turístico/MG, Marcos Paulo de Souza Miranda e pelo Secretário de Turismo de Simão Pereira, Geraldo Francisco do Nascimento.

O Casarão do Registro do Paraibuna chegou a ser residência do Coronel Luis Alves de Freitas Bello, cujas filhas lá nasceram: Mariana Cândida, mãe de Duque de Caxias e sua irmã, Bernardina Quitéria, esposa de Joaquim Silvério dos Reis, o traidor da Inconfidência Mineira. Um pouco mais à frente está a Estação Ferroviária de Paraibuna e, de frente para ambos, encontra-se a imensa Pedra do Paraibuna, uma das referências naturais mais belas e marcantes do Caminho Novo.

2 comentários:

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Amigo Carlos Ferreira

Recirculamos esta matéria.

Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.

Anônimo disse...

onde esta localizada essa propriedade fique fascinado por sua historia e queria vê-la de perto se possível