terça-feira, 26 de julho de 2011

Telê Santana

por Paulo Cézar da Costa Martins Filho*
Amigos, hoje é dia de celebração tricolor. Dia de cantar parabéns para um dos nossos gigantes. Dia de comemorar o 80º aniversário de Telê Santana da Silva.

Telê, que é ídolo do Grêmio de Porto Alegre, que treinou em 1977, sendo campeão gaúcho após oito anos de triunfos do rival Internacional.

Telê, que é ídolo do Atlético Mineiro, que treinou em 1971, sendo campeão brasileiro, título até hoje celebrado pela torcida do Galo.

Telê, que é ídolo do São Paulo, que treinou na década de 90, sendo campeão brasileiro e bicampeão da Copa Libertadores da América.

Telê, que é ídolo do Brasil, tendo implantado na Seleção Brasileira da década de 80 um futebol-arte que encantou o mundo.

Telê, que é principalmente ídolo do Fluminense, onde jogou durante praticamente toda a sua carreira de atleta, e também onde iniciou sua carreira de treinador.

Já em sua infância, Telê mostrava sua paixão pelo Fluminense, clube que um dia viria a defender com amor e com vigor. De 1950 a 1961, atuou em mais de 550 partidas (é o terceiro atleta com mais atuações pelo Tricolor - somente Castilho e Pinheiro o superam neste quesito). Assinalou 160 gols, sendo assim o quarto maior artilheiro da história do clube.

Na conquista do Campeonato Carioca de 1951, teve participação decisiva: foram dele os dois gols no triunfo final contra o Bangu. Meses depois, atuou brilhantemente na conquista da Copa Rio, o Campeonato Mundial de Clubes daquela época. Em 1957, levantou mais uma taça pelo Fluminense, o Torneio Rio-São Paulo. Em 1959, veio mais um Campeonato Carioca. Em 1960, liderou o Tricolor em mais uma conquista do Rio-São Paulo.

Em 1969, já treinador, o Fio de Esperança levantou mais um Campeonato Carioca pelo Fluminense. Escreveu o poeta Nelson Rodrigues, no dia seguinte: "o personagem da semana podia ser também Telê, que, sóbrio, modesto, trouxe a equipe do caos para o título". O time que ele montou seria campeão brasileiro no ano seguinte, já sob o comando de Paulo Amaral.

Em 2010, o Fluminense levantou seu terceiro Campeonato Brasileiro, e também deve agradecer a Telê por essa conquista. O treinador tricolor na ocasião, Muricy Ramalho, foi auxiliar de Telê em sua época no São Paulo. E com ele certamente aprendeu demais.

Infelizmente, o mineiro de Itabirito não está mais entre nós. Sua história, no entanto, permanece viva. E assim será para sempre. Pois, tal qual o Fluminense, também Telê possui a vocação da eternidade.

Olê, olê, olê, olê... Telê... Telê...
*Paulo Cézar da Costa Martins Filho é Historiador
Fonte: Fonte: http://www.jornalheiros.blogspot.com/
Colaboração: Alexandre Magno Barreto Berwanger

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