terça-feira, 14 de junho de 2011

A NATUREZA NÃO RECLAMA, VINGA-SE!

por Faustino Vicente *
A palavra grega ISO,que significa igualdade, é a sigla da International Organization for Standardization, ou seja, Organização Internacional para Normalização,fundada em 1947, e localizada em Genebra,na Suíça. Trata-se de uma entidade não-governamental que edita uma série de normas técnicas, reconhecidas internacionalmente, que visam padronizar e melhorar a qualidade de produtos e serviços de empresas do mundo todo. Milhares de empresas, de mais de uma centena de países, têm investido na busca de um Certificado de Qualidade ISO.Ela pode ser entendida como: – escreva o que e como você faz, e faça como você escreveu.

Do elenco de normas existentes daremos destaque,nesta oportunidade, para a ISO14.001 – Sistema de Gerenciamento Ambiental –, que objetiva prevenir,eliminar ou minimizar os efeitos nocivos ao meio ambiente causados por empresas privadas e públicas.Os passos para a implementação desta norma estão assim definidos: 1.) Comprometimento e definição da política de meio ambiente – 2.) Planejamento do sistema de gestão ambiental (SGA) – 3.) Implementação do SGA – 4.) Medições e avaliações e, 5.) Revisão e melhorias contínuas. Conscientizar, envolver e comprometer – do presidente ao servente – é de fundamental importância para que o SGA atinja as metas pré-estabelecidas. Acompanhar rigorosamente, e validar, cada uma das etapas do processo operacional da fabricação de produtos, e da prestação de serviços, é procedimento obrigatório para garantir o equilíbrio do meio ambiente e a melhoria continuada da qualidade de vida.

Para que o SGA seja bem-sucedido é recomendável fazer um diagnóstico através do diagrama dos 7Ms: 1)mercado,2)mão-de-obra,3)matéria-prima,4)máquinas,5)método,6)medição e 7)meio ambiente.Essa análise crítica nos levará a reduzir as possibilidades de poluição, reutilizar parte do que já foi usado, reciclar todo tipo de sucata e reinventar novos processos operacionais para a fabricação de produtos e prestação de serviços. A agressão ao meio ambiente é,também, um desrespeito à massa consumidora, que está tendo a sua percepção despertada para recusar produtos e serviços de empresas ecologicamente incorretas.

Os gravíssimos problemas que estão ocorrendo com o aquecimento global não devem ser atribuídos apenas á uma parcela da classe empresarial,pois os governantes,também, têm a sua parte de responsabilidade na degradação do meio ambiente.Políticas públicas ineficientes, fiscalização insuficiente, investimentos em saneamento básico aquém das necessidades,excesso de burocracia e corrupção,são fatores da mesma equação – ações públicas ineficazes.

Além da iniciativa privada e dos órgãos públicos cabe, a cada um dos seis bilhões e seiscentos milhões de habitantes do planeta azul, a sua cota de responsabilidade pela preservação do meio ambiente. Combate de desperdício de toda espécie,redução do volume de lixo,coleta seletiva,jogar o lixo no lixo,incentivos á cooperativas de coleta e implementação da CIPRAM – Comissão Interna de Preservação Ambiental são medidas indispensáveis á qualidade de vida. A educação pode contribuir para que tenhamos maior consciência sobre a chamada - Pegada Ecológica,que significa o “quanto da terra produtiva,área florestal,energia,habitação,água,mar,urbanização e capacidade de absorção dos dejetos cada pessoa necessita, para viver de forma minimamente digna.A esse conjunto de fatores, Martin Rees e Mathis Wackermagel, deram o nome de pegada ecológica,cujo estudo indica 2,8 hectares para cada pessoa”.

Numa simples reflexão sobre alguns textos da Bíblia (Gênesis 1, 24-31 + 2,1-19 e Deuteronômio 8,7-10), podemos encontrar referências sobre a preservação do meio ambiente, desenvolvimento sustentável do ser humano e a destinação social dos recursos naturais da terra.Esse Livro Sagrado prevê, até, punição para os que destroem a Terra (Apocalipse 11:18).

*Faustino Vicente é Advogado, Professor e Consultor de Empresas e de Órgãos Públicos.
Jundiaí (Terra da Uva) São Paulo - Brasil

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