terça-feira, 1 de setembro de 2009

Literatura

“Os Irmãos Karamabloch”
Uma família de 17 integrantes chegou ao Rio de Janeiro em 1922, na terceira classe do “Re d’Italia”. Eram ucranianos, genericamente russos, mas, sobretudo, judeus. O patriarca, Joseph Bloch, tivera uma gráfica em Kiev, chegara a imprimir o dinheiro do efêmero governo de Kerenski. Decidira tentar inicialmente os Estados Unidos, mas a cota de imigrantes para aquele país estava fechada, a alternativa foi vir para o Brasil.
Chegaram praticamente sem nada, depois de enfrentar os horrores da Primeira Guerra, as perseguições do czar e a opressão dos bolcheviques.
Aos poucos, a pequena gráfica de Joseph foi transformada por seus filhos - em especial, o caçula Adolpho - num império de comunicações, que começou com a revista Manchete e chegou a incluir, em seus dias de glória, emissoras de rádio e tevê, gráfica, editora de livros e dezenas de publicações periódicas.
O livro;
“Os Irmãos Karamabloch” (Companhia das Letras, 344 páginas).
Para escrever o livro, Arnaldo Bloch pesquisou durante sete anos, foi a Jitomir e Kiev, entrevistou muita gente e foi testemunha da etapa final de um império da comunicação que teve ascensão e queda.
O autor:

Arnaldo Bloch

Nasceu em 1965 no Rio de Janeiro, onde vive. Escritor e jornalista (Eco/URFJ), foi repórter da revista Manchete e correspondente em Paris. Trabalha desde 1993 no jornal O Globo, onde tem uma coluna semanal.

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