sábado, 1 de novembro de 2008

Fernandes Tourinho-MG

Católicos e evangélicos são sepultados em cemitérios diferentes Devido a rivalidade que persiste desde 1950, católicos e evangélicos enterram familiares em cemitérios diferentes na pequena cidade de Fernandes Tourinho
Uma curiosidade chama a atenção em Fernandes Tourinho, no Vale do Rio Doce, a 300 quilômetros de Belo Horizonte. Na pequena e pacata cidade de 2 mil habitantes, é preciso que, durante a vida, os moradores deixem bem claro qual é a sua opção religiosa. Isto se deve à existência de dois cemitérios no município: um destinado ao sepultamento de católicos e outro reservado para evangélicos.
A situação inusitada se confunde com o início da história de Fernandes Tourinho e persiste até hoje, causando muita confusão. Como a cidade só tem um coveiro, quando há dois enterros simultâneos, um em cada cemitério, quem determina o horário do enterro não é a família, mas o operário. "Quando há sepultamentos no mesmo dia, é preciso negociar com as famílias qual corpo será enterrado primeiro, porque um cemitério é bem distante do outro. ´É uma situação um pouco estranha", revelou o coveiro Luís Carlos Gomes. Ontem, mesmo contra a vontade dos familiares, todos evangélicos, o corpo do aposentado Oliveiro Ambrósio de Souza, de 80 anos, foi sepultado no cemitério católico. "Respeitamos a vontade dele, mas é provável que o restante da família seja sepultado futuramente no outro cemitério", disse a filha do aposentado, Maria Helena de Souza, que freqüenta uma igreja.
A separação dos cemitérios ocorreu no início da década de 1950, quando o então bispo da região, Dom Cavati, determinou que no povoado de Itapiru, hoje Fernandes Tourinho e que pertencia à comarca de Tarumirim, fosse construído um cemitério para enterrar os mortos protestantes, devido à rivalidade e diferenças das duas religiões. "Contam os mais antigos que essa foi uma alternativa encontrada pelo bispo para dar um basta nas divergências entre os fiéis. Muitos relatam que ocorreram até brigas e atos de vandalismo entre as partes. Um dos alvos eram as cruzes colocadas nas sepulturas e que os evangélicos não aceitavam", disse o prefeito de Fernandes Tourinho, Vicente de Paula Germano. Segundo ele, um grupo de pessoas mais influentes da cidade levou o problema ao conhecimento do bispo, que achou por bem construir outro cemitério, separando evangélicos de católicos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Infelizmente a religiosidade que permeia o meio cristão, tem sido um entrave para que muitos posssam entender a verdadeira mensagem da cruz. Na realidade qualquer cristão evangelico genuino, não faria objeçao quanto ao cemiterio que deveria ser sepultado, pois tem conhecimento que, depois da morte segue-se o juizo, pois sabemos que nao teremos no céu lugares separados e creio que quem observa esta separaçao não está ápto pra chegar lá.
O nosso alvo principal que é a salvação está obscuro por tais divergencias. Só JESUS SALVA. Esta é uma palavra de um servo de Deus e não sei se os católicos poderiam ter a mesma expressão.
Roberto Jacob - Fernandes Tourinho-MG

Anônimo disse...

Infelizmente a religiosidade que permeia o meio cristão, tem sido um entrave para que muitos posssam entender a verdadeira mensagem da cruz. Na realidade qualquer cristão evangelico genuino, não faria objeçao quanto ao cemiterio que deveria ser sepultado, pois tem conhecimento que, depois da morte segue-se o juizo, pois sabemos que nao teremos no céu lugares separados e creio que quem observa esta separaçao não está ápto pra chegar lá.
O nosso alvo principal que é a salvação está obscuro por tais divergencias. Só JESUS SALVA. Esta é uma palavra de um servo de Deus e não sei se os católicos poderiam ter a mesma expressão.
Roberto Jacob - Fernandes Tourinho-MG