quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Literatura

"A coleção de pinturas em miniatura da Viscondessa de Cavalcanti no Museu Mariano Procópio"
As 104 pinturas em miniatura são tema da dissertação desenvolvida pela historiadora Angelita Ferrari para o mestrado em História, Cultura e Poder na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e tem a apresentação do diretor-superintendente da Fundação Museu Mariano Procópio, jornalista Douglas Fasolato e  e prefácio da pesquisadora Maraliz Christo. Todas as imagens estão reproduzidas e acompanhadas de informações, como técnicas usadas, tipos de moldura, autores, personagens e cenários pintados, detalhes sobre uso de luz e sombra, posições dos retratados, entre outras. “Busquei fazer um trabalho que alcançasse tanto os pesquisadores e especialistas quando o cidadão comum, que tenha interesse no tema ou curiosidade. A coleção de miniaturas da Viscondessa de Cavalcanti é única no Brasil, considerando que foi reunida por uma única pessoa, tem um tamanho considerável e está dentro de uma instituição", disse Angelita Ferrari.
As obras foram produzidas por Jean Baptiste Isabey e Pierre Paul Prud’hon, ambos pintores da corte francesa, e Madeleine Jeanne Lemaire, referência na pintura de natureza-morta. São retratos, cenas de gênero, animais, paisagens e natureza-morta com diversidade de técnicas e temáticas, realizadas entre os séculos XVIII e XX, com destaque para o século XIX. Esta coleção de obras é uma parte do acervo reunido pela Viscondessa ao longo da vida e que foi doado ao fundador do Museu Mariano Procópio, o primo-irmão Alfredo Ferreira Lage, na década de 1930. 
A Viscondessa de Cavalcanti, que recebeu o nome de batismo de Amélia Machado Coelho, nasceu no Rio de Janeiro em 07 de novembro de 1853. Em 1871, casou-se com o Conselheiro Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque (Visconde de Cavalcanti), um dos estadistas mais conceituados do Império, nomeado Senador, além de ter sido presidente das províncias do Ceará, do Piauí e de Pernambuco, e também ministro de quatro pastas: Negócios Estrangeiros, Agricultura, Justiça e Comércio e Obras Públicas. A Viscondessa reuniu itens variados para o museu particular que possuía no Rio de Janeiro. Após a Proclamação da República, levou o acervo para Paris, para onde se mudou com a família. Entre as décadas de 1920 e 1930, distribuiu esse acervo entre instituições no Brasil e no exterior. 

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