quinta-feira, 25 de julho de 2013

Literatura

"Uma Cidade á Beira do Caminho Novo - João Gomes, Palmira, Santos Dumont"

Escrito por Oswaldo Henrique Castello Branco, pai da diretora do Museu de Cabangu, Mônica Castello Branco, a obra traça um relato fiel à trajetória do "Pai da Aviação".

Após a morte de Santos Dumont, ocorrida no Guarujá-SP, em 23 de julho de 1932, lideranças sandumonenses se reuniram em um hotel e fizeram um projeto, que encaminharam ao então governador de Minas, Olegário Maciel, propondo a troca do nome da cidade, de Palmyra para Santos Dumont. O documento foi levado ao governador em mãos e em 31 de julho, o Decreto Estadual 10.447 efetivava a mudança. Era a homenagem maior que Palmyra podia fazer ao seu filho, que nasceu na Fazenda Cabangu, em 20 de julho de 1873, onde é hoje o Museu de Cabangu.

A fazenda estava abandonada e moradores, liderados pelo autor do livro, Oswaldo Henrique Castello Branco, tiveram o cuidado de guardar e preservar os bens que hoje formam o acervo em exposição no museu. Santos Dumont se tornara dono de 46 hectares, por doação do governo, em 1918. Na fazenda, ele foi pecuarista, sem parar de lidar com mecânica. Um exemplo é a fonte central de um lago que construiu, que funciona por gravidade, e um engenho que permitia tomar banhos quentes, uma espécie de precursor dos modernos chuveiros a gás.

Homenagens a Alberto Santos Dumont em sua terra natal e que constam no livro:
Colégio Santos Dumont, Hotel 14 Bis, Restaurante Demoiselle (balão dirigível) e Pousada Vila Dumont. A empresa de transporte urbano tem como símbolo o 14 Bis, que voou pela primeira vez em Paris em 1906, e há réplicas no trevo rodoviário na entrada da cidade e no museu de Cabangu. O prédio da prefeitura tem o nome de Palácio Santos Dumont. Diante dele, no canteiro central da avenida Getúlio Vargas, uma réplica da Torre Eiffel, com um balão dirigível e um busto do inventor com a frase “é meu sonho que se realiza”.

No brasão do município há um 14 Bis sobrevoando as montanhas de Minas. Na letra do hino do município, chamado cidade alada, mais referências: “Nestas plagas risonhas de Minas, sob um céu de estrelas fulgentes, grande gênio de asas flamantes, veio à luz entre serras virentes”.

No livro o autor relata ainda que são atribuídos a Alberto Santos Dumont, inventos como o relógio de pulso, o chuveiro de água quente, a porta de correr e o sapato plataforma, com o qual disfarçava a pequena estatura.

Considerações pós-livro:
- O Restaurante Demoiselle trocou de nome;
- Na administração passada do prefeito Evandro Nery (PT)  foi inaugurada uma estátua em tamanho real, de Alberto Santos Dumont, obra do escultor de Botucatu-SP, Pedro César,  na praça Cesário Alvim, no centro da cidade;
- O slogan da atual administração do prefeito Carlos Alberto Ramos de Faria (PP) é "Prefeitura de Santos Dumont, asas para o desenvolvimento".

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