sábado, 29 de setembro de 2012

Hebe Camargo

Morre em São Paulo, aos 83 anos, a apresentadora Hebe Camargo

A apresentadora Hebe Camargo morreu na madrugada deste sábado (29), aos 83 anos, após sofrer uma parada cardíaca em sua casa, no Morumbi, em São Paulo. Hebe lutava contra um câncer no peritônio, diagnosticado em janeiro 2010.
A saúde de Hebe se agravou nos últimos seis meses. Em março, ela passou por uma cirurgia de emergência para a retirada de um tumor no intestino, em junho ela precisou retirar a vesícula. Um mês depois, Hebe não estava conseguindo se alimentar adequadamente e ficou cinco dias internada para um tratamento de suporte nutricional e metabólico. O mesmo aconteceu em agosto.
Na quinta (27), o SBT anunciou que a apresentadora voltaria à emissora, de onde havia saído para apresentar um programa na Rede TV!. 

 Na Rede TV!, onde ficou contratada 2011 até agosto de 2012, ela apresentou dez programas inéditos. O último “Hebe” inédito foi ao ar foi no dia 19 de junho. Desde então, devido ao afastamento de Hebe por conta da doença, foram exibidas reprises, sempre às terças, às 22h30.
A última gravação em vídeo feita por Hebe foi em julho, após a alta hospitalar, quando ela recebeu em sua casa a visita de amigos, como a apresentadora Astrid Fontenelle e o cantor Pedro Leonardo. Na ocasião, ela também lançou seu canal oficial no YouTube, site de compartilhamento de vídeos, para mandar recados aos seus fãs e internautas.

Apresentadora participou da primeira transmissão ao vivo da TV brasileira
Hebe Camargo nasceu na cidade de Taubaté, no interior de São Paulo, no dia 8 de março de 1929. Cursou somente até o quarto ano primário e um de seus primeiros empregos foi de arrumadeira, na casa de um parente rico.

Aos 11 anos, participava de programas de calouros em emissoras de rádio para ajudar a sustentar a família. Em 1943, formou com a irmã Stella a dupla musical Rosalinda e Florisbela.
Seguiu na carreira de cantora com apresentações de sambas e boleros em boates até que abandonou a música para se dedicar ao rádio e à TV. Estava no grupo que foi ao porto de Santos, em São Paulo, para buscar os equipamentos de televisão para a formação da primeira rede brasileira, a TV Tupi. Também foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo da TV brasileira, no bairro do Sumaré, em São Paulo, em 1950.

Estreou na TV em 1955, no primeiro programa feminino da TV brasileira, "O Mundo é das Mulheres", da emissora de TV carioca, na qual chegou a apresentar cinco programas por semana.
Em 10 de abril de 1966 foi ao ar, pela primeira vez, o programa dominical de Hebe pela TV Record. Passou por quase todas as emissoras de TV do Brasil, entre elas a Record e a Bandeirantes, nas décadas de 1970 e 1980.

Em 1986 foi para o SBT, emissora na qual apresentou três programas: "Hebe"; "Hebe Por Elas"; e "Fora do Ar". Em 1995, gravou um CD com seus maiores sucessos pela EMI. Em 1999, voltou a lançar outro CD. Além da carreira de apresentadora e cantora, atuou em alguns filmes e foi convidada especial de novelas e programas humorísticos.

Em dezembro de 2010, Hebe deixou o SBT, depois de 24 anos. Dias antes de anunciar sua saída da emissora de Silvio Santos, Hebe teve a permissão do canal para gravar com o apresentador Fausto Silva o “Domingão do Faustão”, da Rede Globo, onde recebeu uma homenagem.
Hebe fechou um contrato para apresentar um programa semanal na RedeTV!, onde comandou todas as terças – desde o dia 15 de março de 2011 – uma atração nos mesmos moldes dos tempos no SBT


                Fonte:www.uol.com.br/

  A Diva Hebe 

por Ataíde Lemos*

Hoje a televisão brasileira
Está de luto, pois, uma estrela
Que quase uma vida inteira
Iluminou o palco se foi.
Sua partida abriu uma lacuna
Que é a ausência do brilho
Que dela reluzia
Pela sua espontaneidade
Alegria que esta diva
Do rádio e da televisão possuía.

Apresentadora, cantora,
Interprete...
De um carisma invejável,
Incontestável...
Que construiu uma história
E agora, transforma em saudade
Que permanecerá na memória
Dos artistas e todos os brasileiros.

Mesmo diante da doença
Seu sorriso era marcante
E confortante
Ainda com uma dor imensa
Que sofria, transmitia esperança,
Pela fé em sua crença.

*Ataíde Lemos é escritor e poeta

 

 

 

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