sexta-feira, 15 de junho de 2012

Literatura

“Memórias Possíveis: personagens da televisão em Juiz de Fora”
Cinquenta anos de histórias da televisão juizforana narradas pelas vozes de seus próprios atores é o fio condutor do livro “Memórias Possíveis: personagens da televisão em Juiz de Fora”, da professora doutora e secretária de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Christina Ferraz Musse, e do professor da Faculdade de Comunicação (Facom) da UFJF, Cristiano José Rodrigues. Editado pelo selo Nankin editorial, com financiamento da Lei Murilo Mendes, a obra tem capa do artista gráfico e professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFJF, Jorge Arbach, e o prefácio de Marialva Barbosa.

“Memórias Possíveis” tem como principal ingrediente a memória afetiva dos personagens do jornalismo da cidade. Além de registrar 50 anos da história telejornalística local, também compõe um quadro humano da evolução da profissão operada nos bastidores da notícia.

A obra é produto de um exaustivo esforço de transcrição e revisão de mais de 60 horas de gravações. São depoimentos de jornalistas e empresários de várias gerações atuantes em veículos televisivos no período de 1960 a 2010. Um trabalho minucioso realizado por um grupo de bolsistas de Iniciação Científica, com revisão de Nadime Bara.

Para Cristiano Rodrigues, a edição do conteúdo completo das entrevistas em livro preenche uma lacuna deixada pela falta de arquivos públicos de pesquisa audiovisual, preservando a memória imagética da cidade na forma de texto.

Nomes conhecidos do jornalismo juizforano como Wilson Cid, Sérgio Rodrigues, Mauro Pinta, Luiz Antônio Colucci, Marilda Ladeira, Álvaro Americano, Lucio Paulo Martins, Érica Salazar, Jorge Couri, Natálio Luz, vão surgindo no correr das páginas ao lado da lembrança de emissoras pioneiras na comunicação televisiva: as TVs Mariano Procópio, Industrial, Tiradentes e Visão; até as ainda em atividade Alterosa, TVE e Panorama (hoje, TV Integração).

Marialva Barbosa, pesquisadora de referência no Brasil e estudiosa das relações entre o Jornalismo e a História, autora do premiado “História Cultural da Imprensa – Brasil 1900-2000”, oferece ao leitor, no prefácio, uma reflexão sobre a memória como uma narrativa não-linear, cortada por lapsos e silêncios. Uma narrativa marcada por uma grande inspiração afetiva.

Outro atrativo da edição é o sentido estético proposto pelo artista gráfico Jorge Arbach na composição das imagens que ilustram o livro.

Na capa, uma imagem da interferência produzida no momento de a TV ser ligada ou desligada representa não só o núcleo visual que pode marcar o início e o fim do processo de comunicação, mas também uma analogia com algo que se fixa em um nível palpável e imaterial, como a onda eletromagnética da TV, o que marca, igualmente, o período histórico retratado no livro.
Fonte: www.ufjf.br/




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