sexta-feira, 18 de maio de 2012

Literatura

“Aracelli Meu Amor”

Era uma vez uma menina chamada Aracelli. Tinha nove anos incompletos, cabelos negros, olhos negros. O pai a chamava de "Princesa", a mãe cuidava de suas roupas, os sapatos estavam sempre bem engraxados, a pasta lustrosa, livros e cadernos encapados.

Aracelli ia e voltava da escola por imensa rua sem asfalto ou calçamento, mas ladeada de arbustos floridos. Um dia não voltou. Quando localizaram o corpo num matagal, com as chagas da crueldade, o pai teve dificuldade em reconhecê-lo. Passados meses, o policial Homero Dias, que cuidava do caso, é transferido dessas atividades. Agora perseguiria o criminoso "Boca Negra", na Ilha do Principe.

Correndo atrás de delinqüente, tombou morto com disparos pelas costas. O "acidente" seria o principio de interminável comédia de erros e desmandos. "Boca Negra" é preso. Sofre o primeiro atentado na prisão, o segundo, acaba morto com 47 facadas. Silenciou a voz que acusava um outro policial como matador de Homero.

O ex-vereador Clério Falcão candidata-se a deputado pelo MDB. Promete um escândalo sobre a chacina de Aracelli, cumpre a promessa. O perito Asdrubal Cabral de Lima vai além dos limites tolerados pela corrupção, passa a enfrentar processos e ameaças de morte.

Um dos maiores mistérios dos anais da Policia brasileira está relatado no livro: “Aracelli Meu Amor”, do escritor José Louzeiro

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