quarta-feira, 25 de abril de 2012

Internacional e Fluminense

O Fluminense e a Copa Libertadores
por Paulo Cezar da Costa Martins Filho*
Amigos, quando ficou definido que o adversário do Fluminense na Copa Libertadores seria o Internacional, logo o Internacional, justo o Internacional, o clube com os melhores resultados recentes nas competições sul-americanas, eu e boa parte da torcida tricolor lamentamos. Não parecia um prêmio justo para o time com a maior pontuação da primeira fase.

Entretanto, percebo agora que estávamos enganados. Para o Fluminense, é melhor que seja assim. Desde 1902, colecionamos vitórias sobre gigantes e derrotas para nanicos. Quando o adversário na semifinal do Campeonato Brasileiro era o Bragantino, o Fluminense já era o finalista antes de entrar em campo, e deixou de sê-lo noventa minutos depois. Quando o oponente na final da Copa do Brasil era o Paulista de Jundiaí, a taça já era nossa, e acabou não sendo. Por outro lado, quando encaramos o São Paulo e o Boca Juniors em 2008, toda a imprensa brasileira nos deu por antecipadamente eliminados. O timinho não poderia eliminar aqueles gigantes. (Aliás, não é engraçada essa fama de timinho? Justo o Fluminense, o pioneiro, o mais tradicional clube do futebol brasileiro, o maior campeão do Rio de Janeiro, o retumbante de glórias e vitórias mil, ser chamado de timinho!?)

Como eu ia escrevendo: sim, é melhor para o Fluminense jogar contra o Internacional que contra o Emelec ou o Bolívar. O Tricolor prefere os duelos equilibrados, os confrontos contra oponentes do seu tamanho. Nas partidas menores, nossa timidez às vezes se sobrepõe à nossa técnica. É para encarar as grandes batalhas, para desafiar o impossível, que o Fluminense nasceu, que o Fluminense existe, que o Fluminense vive, que o Fluminense respira.

Não estou dizendo que o Tricolor sempre vence os oponentes fortes, não é isso. Contra o próprio Internacional, perdemos no Campeonato Brasileiro de 1975 e na Copa do Brasil de 1992. (E o Fluminense de 1975 era um timinho de muita categoria, que venceu até um tal Bayern de Munique, gigante alemão que dominava a Europa.) O que quero dizer, apenas, é que são os grandes jogos, os grandes adversários, que fazem o Fluminense pulsar, brilhar, vibrar, palpitar.

A Copa Libertadores da América é a taça que falta em Álvaro Chaves. Para levantá-la, amigos, o Fluminense precisará derrubar titãs. A começar pelo poderosíssimo Internacional, em seu fervente caldeirão. Pés à obra, onze tricolor!
*Paulo Cezar da Costa Martins Filho é Engenheiro Eletrônico e de Computação
Fonte: http://www.jornalheiros.blogspot.com.br/

Nenhum comentário: