quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Redivisão do Pará

Após derrota em plebiscito, separatistas querem mudar capital do Pará

Não satisfeitos com o resultado do plebiscito que negou a divisão do Pará, no último domingo, 11/12, lideranças separatistas buscam agora tirar de Belém o posto de capital do Estado. O movimento está sendo liderado pelo deputado federal Lira Maia (DEM), presidente da frente pró-criação de Tapajós, que alega problemas logísticos para que o governo estadual migre para uma área central do Estado. Além disso, um novo mapa de Carajás e Tapajós já está sendo planejado, de olho em um novo projeto de lei que consulte a população novamente sobre a divisão paraense.

Novos plebiscitos
Além do projeto, parte da bancada federal do Pará já se mobiliza para apresentar novos projetos de emancipação dos Estados. Autor do projeto de lei que autorizou a realização do plebiscito, o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT) disse que deve apresentar uma nova proposta em 2012, pedindo a realização de um novo plebiscito. Para ele, a divisão do Estado não ocorreu porque "meia dúzia de políticos medíocres" de Belém "iludiu" o eleitor da região norte.

"Eu quero apresentar um novo projeto próximo ano para que, daqui a dois anos, possamos mostrar a essas pessoas ‘humildes’ do norte do Estado a mesmice que eles optaram, de continuar na miséria, com a falta de assistência médica, de professores mal pagos, vivendo num Estado falido. A lei permite e daqui a dois anos teremos um novo plebiscito", disse.

Um dos pontos que os parlamentares lutam para mudar é tirar o direito ao voto dos moradores das áreas remanescentes dos Estados que buscam emancipação. "Já pensou se o Brasil fosse consultar Portugal sobre a independência? Não teríamos nunca. Então, nessa estrutura atual, as regiões metropolitanas não vão deixar criar Estados, o que não é justo, pois 98% dos moradores de Tapajós, por exemplo, querem a independência e precisam ser ouvidos", afirmou o deputado Lira Maia.
Fonte: http://www.uol.com.br/

2 comentários:

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Amigo Carlos Ferreira

Que argumentação para desmolarizar uma decisão soberana e constituicional do povo paraense.

Tal decisão importa tanto aos separatitas como como os contra e nada mais justo que todos se manifestem igualmente.

Em geral as separações são mais defendidas por interessados em assumir o poder no seu pedaço, pouco se importando com o custo disto para todos. Note-se que até os contribuintes da União de outros estados também pagam por eles.

A falta de critérios sociais e econômicos nas divisões territoriais nos levaram ao número absurdo de municípios que temos. Centenas sem a possibilidade se quer de arcar com os custos de sua adminitração municipal,fruto do erro de se ter atribuido a competência a respeito aos próprios estados, felizmente retirada. Hoje centenas de pedidos de emancipações municipais estão pendentes.

É a velha luta por feudos.

Abraços, saúde e Paz de Cristo
Luiz Carlos/MPmemória.

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Amigo Carlos Ferreira

Que argumentação para desmolarizar uma decisão soberana e constituicional do povo paraense.

Tal decisão importa tanto aos separatitas como como os contra e nada mais justo que todos se manifestem igualmente.

Em geral as separações são mais defendidas por interessados em assumir o poder no seu pedaço, pouco se importando com o custo disto para todos. Note-se que até os contribuintes da União de outros estados também pagam por eles.

A falta de critérios sociais e econômicos nas divisões territoriais nos levaram ao número absurdo de municípios que temos. Centenas sem a possibilidade se quer de arcar com os custos de sua adminitração municipal,fruto do erro de se ter atribuido a competência a respeito aos próprios estados, felizmente retirada. Hoje centenas de pedidos de emancipações municipais estão pendentes.

É a velha luta por feudos.

Abraços, saúde e Paz de Cristo
Luiz Carlos/MPmemória.