sábado, 25 de junho de 2011

Catedral Metropolitana Cristo Rei - Santuário da Divina Misericórdia

Belo Horizonte vai ganhar catedral com projeto de Oscar Niemeyer
A Arquidiocese de Belo Horizonte anunciou a construção da
Catedral Metropolitana Cristo Rei - Santuário da Divina Misericórdia.
O projeto será de Oscar Niemeyer. Sonho antigo da Arquidiocese de BH, que neste ano celebra nove décadas o projeto da catedral oficial da cidade pode ser visto também como uma espécie de reconciliação da Igreja na capital mineira com o centenário arquiteto.

Inaugurada em 1943, a Igreja São Francisco de Assis - uma das obras mais famosas de Oscar Niemeyer, que integra o conjunto arquitetônico da Pampulha e se tornou um dos principais cartões-postais da cidade - foi renegada pela Arquidiocese, que proibiu a celebração de missas no seu interior por 14 anos. A Igrejinha da Pampulha, como é conhecida, só foi consagrada em 1957.

Desta vez, a própria Igreja decidiu encomendar os trabalhos do arquiteto. O novo projeto de Niemeyer já foi finalizado. A intenção é erguer uma construção imponente, que seja representativa da Arquidiocese.

O projeto prevê que a Catedral Metropolitana seja construída em um terreno próximo à Cidade Administrativa - monumental complexo administrativo do governo mineiro, também projetado por Niemeyer que reúne quase todas as secretarias do Estado e seus órgãos vinculados em 804 mil metros quadrados.

O complexo que inclui o templo terá três pavimentos e uma praça com altar externo para missa campal.
 
Nova Catedral em BH
O novo templo vai ser erguido na Região Norte da capital. Lançamento será dia 2 de julho
Mãos postas e erguidas no rumo do céu. Duas colunas simbolizando os mistérios de Deus. Ou um barco com velas içadas pronto para ancorar na Região Norte da capital e, a partir desse porto, navegar em águas de paz, esperança e promoção social. O projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, de 103 anos, para a nova catedral da Arquidiocese de Belo Horizonte, já batizada de Cristo Rei, permite várias leituras, mas traz de concreto um compromisso: pôr em prática um sonho dos católicos desde a época de dom Antônio dos Santos Cabral, o dom Cabral (1884-1967), primeiro chefe da Cúria de BH. No próximo sábado, às 14h30, durante missa festiva no ginásio do Mineirinho, na Pampulha, o arcebispo metropolitano dom Walmor Oliveira de Azevedo fará o lançamento oficial do projeto da construção, que terá capacidade para 5 mil pessoas sentadas.
A nova catedral metropolitana, que substituir de Nossa Senhora da Boa Viagem, no Centro da cidade, vai ocupar 22 mil metros quadrados no Bairro Juliana, em frente à Estação BHBus Vilarinho, na Avenida Cristiano Machado.
 
Meta de construir a catedral metropolitana de Belo Horizonte surgiu na década de 1930
O projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer e a determinação do arcebispo dom Walmor Oliveira de Azevedo concretizam um velho sonho da comunidade católica de Belo Horizonte. A primeira catedral, idealizada na década de 1930, seria erguida na confluência das avenidas do Contorno e Afonso Pena (Praça Milton Campos) no limite dos bairros Serra, Funcionários e Cruzeiro, Região Centro-Sul da capital. O primeiro bispo da arquidiocese, dom Cabral (1884-1967), contratou o alemão Holz Meister para fazer o projeto, que até começou a ganhar forma, com a obra da cripta, mas acabou relegado ao esquecimento.

Conforme os especialistas, o projeto da catedral era grandioso, com espaço maior do que a Catedral de São Pedro, no Vaticano. Ao deixar o Brasil, Meister foi para a Turquia, onde assinou a maior parte dos prédios públicos de Istambul. Pelos desenhos da catedral, encontrados em livros, é possível ver uma grande cúpula, com anjos de pé, tendo no alto uma torre menor sob uma cruz. A base, ao fim de uma escada, se assemelha a um tambor.

Livro de Ouro Digital
A construção da Catedral Cristo Rei vai custar de R$ 75 milhões a R$ 100 milhões e a previsão é de que fique pronta até 2014. Para captação dos recursos, a arquidiocese vai lançar, sábado, no Mineirinho, a campanha "Faço parte", quando os católicos presentes à missa poderão dar a sua contribuição financeira. Já em 22 de agosto, será a vez do empresariado mineiro tomar conhecimento da importância do projeto e responder com apoio. Dom Walmor quer a ajuda dos filhos da terra e até dos mineiros que vivem fora do Brasil. O nome de cada um ficará eternizado, pois dentro do prédio haverá a Galeria da Gratidão, registrando os patrocinadores da empreitada, e um livro de ouro digital com a relação de todos os colaboradores.

A arquidiocese prefere, por enquanto, não mostrar o projeto do interior da catedral, pois há alguns aspectos em discussão, mas o arcebispo antecipa que haverá estacionamento com 1 mil vagas.

A atual Catedral de Nossa Senhora da Boa Viagem, que vem funcionando em caráter provisório, continuará como Santuário Arquidiocesano de Adoração Perpétua.

Linha do tempo
1922  em 30 de abril Dom Cabral chega a Belo Horizonte para instalar a diocese, criada em 11 de fevereiro de 1921 pelo papa Bento XV. Entre as tarefas, estava o desafio de construir a nova catedral e o projeto monumental tinha capacidade para aproximadamente 12 mil pessoas, mas não se encaixava na estética da arquitetura de BH. Na época, havia no local apenas uma cruz – daí vem o nome do Bairro Cruzeiro –, marcando o fim da Avenida Afonso Pena. O terreno estava reservado para a construção de uma matriz, já prevista na planta original de Aarão Reis, pois a capital estava ligada, até 1921, à arquidiocese de Mariana. O primeiro projeto da catedral não foi adiante por falta de recursos. Logo depois, a prefeitura entrou em acordo com a arquidiocese e abriu o restante da Afonso Pena

2004 – O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, começa as conversas com o clero e segmentos da sociedade, certo de que o projeto terá que ser no epicentro da Região Metropolitana de BH.


2005 – Definição de que o projeto será implantado em frente à estação de metrô Vilarinho, na Avenida Cristiano Machado, na Região Norte da capital. O arquiteto escolhido é Oscar Niemeyer
2006 – Em maio, Oscar Niemeyer apresenta o projeto para ser discutido na arquidiocese
2011 - 02 de julho – Apresentação do projeto à comunidade católica, às 14h30, no ginásio do Mineirinho, na Região da Pampulha, em BH.

Um comentário:

Fernando Antonio Rodrigues Fonseca disse...

Como engenheiro civil, já trabalhei nas duas construtoras(Mendes Jr. e Andrade Gutierrez),
que se propuseram a orçar a obra para o Arcebispo.
Católico praticante, acho um desproposito, construir aquela cúpula fantasiosa e de difícilima execução.
Vai custar mais caro que a aboboda e o resto de toda a obra.
Com 40 anos de formado e experiência em quase todos os tipos de construção, espero
que Deus ilumine a Sua Igreja e simplifique esta obra faraônica.
Em vez daquela cúpula caríssima, ponham uma grande cruz em cima da abóboda.
Já notaram no projeto, que a Cruz de Cristo é uma simples cruzinha inexpressiva ao lado
esquerdo da maquete?
São essas decisões errôneas, que fazem diminuir o número de católicos e aumentar
o número de evangélicos.
“Não tenho medo de expressar a minha opinião, quando estou seguro de minhas convicções”.
Aquela catedral de Brasília é uma obra maravilhosa e inspirada do nosso famoso Niemeyer.
Fiquei extasiado, quando entrei nela pela primeira vez, na Esplanada dos Ministérios.
Será que o velho arquiteto, já está ficando meio senil?
Espero que o bom senso prevaleça e não essa tremenda insensatez.