segunda-feira, 21 de março de 2011

Literatura

"Caso Kliemann: A história de uma tragédia"
O jornalista e escritor Celito De Grandi retomou a investigação da morte do casal gaúcho Euclides e Margit Kliemann, no livro "Caso Kliemann: A história de uma tragédia", lançado pela editora Literalise e Edunisc. A obra retoma a morte de Margit, em 1962, e do marido, assassinado no ano seguinte. Na época, a polícia e a mídia acusaram o político pela morte da esposa. Euclides Kliemann morreu com a acusação que, em entrelinhas, foi desmentida no livro, lançado no final de 2010, quase 50 anos após a morte do casal.

De Grandi levou quatro anos investigando o crime, que nunca foi encerrado e sempre esteve no imaginário dos gaúchos. Segundo ele, a maior dificuldade foi falar com algumas fontes, principalmente das autoridades policiais na época. “Muitas pessoas não queriam se manifestar, como policiais e familiares, porque o trabalho da polícia foi muito questioanável e a maioria preferiu não falar. Mas encontrei algumas pessoas dispostas a conversar”.

Depoimentos
O jornalista conseguiu entrevistar as três filhas do casal, Cristina, Suzana e Virgínia, que falaram pela primeira vez sobre o crime. As três evitavam a imprensa, que acreditam ter condenado seu pai. “Apenas o Diário de Notícias e Última Hora se aprofundaram na cobertura. Os demais fizeram uma cobertura burocrática. Acho que teve uma participação grande da imprensa nesse caso, criaram fatos. A cobertura beirou a irresponsabilidade, algumas coisas que hoje seriam impraticáveis”, relembra o escritor.

Margit Kliemann foi morta em 20 de junho de 1962, em sua casa, em Porto Alegre. Acusado pela polícia e pela imprensa, Euclides, o viúvo, se defendeu na Rádio Santa Cruz. Ao sair do estúdio, o político foi surpreendido pelo vereador Floriano Peixoto Karan Menezes que, após discutir com Euclides, o acusou pela morte de Margit e o matou com um tiro à queima-roupa. O livro traz novas pistas ao caso e mostra que, ao contrário do que se divulgava, o político não foi o responsável pela morte da mulher.
Fonte: Comunique-se

Nenhum comentário: