sábado, 22 de janeiro de 2011

Fluminense F.C.

Desde 1906

por Paulo Cezar da Costa Martins Filho

A Taça Colombo
No começo, era a hegemonia. Edwin Cox, os Etchegarays, Buchan, Costa Santos, Salmond, Félix Frias e companhia, comandados pelo goleiro Waterman, levantaram os quatro primeiros Campeonatos Cariocas para o Fluminense.

Em 1911, a campanha perfeita: 6 jogos, 6 vitórias, e a quinta taça tricolor. Apesar do título, acontece a dissidência, e nove titulares saem para fundar o Flamengo. No ano seguinte, os ex-titulares perdem o primeiro Fla-Flu para os ex-reservas. E nasce a maior rivalidade do mundo.

Na campanha do tri, de 1917 a 1919, alguns nomes merecem destaque. O goleiro Marcos Carneiro de Mendonça, por exemplo, foi um gigante. O atacante Welfare foi o artilheiro máximo: incríveis 48 gols nos 3 anos. Oswaldo Gomes soma, ao todo, oito canecos. Mano, Zezé e Machado são atacantes premiados. Bacchi faz o gol que sacramenta o tricampeonato, trazendo de vez a Taça Colombo para o Tricolor.

Só volta o Fluminense a ser o grande campeão em 1924, com 12 vitórias em 14 jogos. Nilo assinala 28 gols, sendo assim o grande artilheiro e herói da conquista.

Em 1936, nasce o maior esquadrão da história dos gramados cariocas. A primeira escalação até hoje causa arrepios nas testemunhas: Batatais; Guimarães e Machado; Marcial, Brant e Orozimbo; Vicentino, Russo, Romeu, Lara e Hércules. Fluminense campeão. Em 1937, entram Moysés, Santamaría, Sobral, Sandro e Tim. Fluminense bicampeão. Em 1938, chegam Bioró, Fogueira e Celeste. Fluminense tricampeão. Em 1939, apesar da chegada do lendário Pedro Amorim, o tetra escapa. Em 1940, tudo volta ao normal: entram Capuano, Norival, Espinelli, Malazzo e Carreiro, o Fluminense novamente levanta a taça. Em 1941, chegam Afonsinho, Renganeschi e Rongo e, no dramático Fla-Flu da Lagoa, vem o bicampeonato. Ao todo, foram cinco taças erguidas em seis anos.

Chega 1946, e Gentil Cardoso afirma: "deem-me Ademir, que eu lhes darei o Campeonato". Em dezembro, a promessa está cumprida: com gol do Queixada, o Fluminense venceu o Botafogo em São Januário, e levantou mais um Campeonato.

A agenda marcava 1951, quando um certo "timinho", com Castilho, Pinheiro, Telê, Didi e Orlando contrariou os prognósticos da imprensa, e foi o imenso campeão. (seis meses depois, o mesmo "timinho" levantaria a Copa Rio, mundial interclubes da época)

Mas foram necessários mais oito anos para voltar ao topo: já com Altair, Waldo e Escurinho, o Fluminense voltou a ser o melhor do Rio de Janeiro em 1959.

Precisamente cinco anos depois, em 1964, o Campeonato Carioca mais uma vez sorriu, ao perceber que seu destino seria a Rua Álvaro Chaves. Amoroso, Joaquinzinho e um jovem Carlos Alberto Torres eram os destaques.

Em 1969, começa nova hegemonia tricolor: o Fluminense é campeão carioca ano sim, ano não: 69, 71 e 73. Flávio é o herói de 1969, Lula é o herói de 1971, e Manfrini é o herói de 1973. Na defesa, os heróis Félix, Oliveira, Galhardo, Assis, Marco Antônio, Denílson e Didi. Gérson, após ser herói de tantos outros, também aparece para ser herói em Laranjeiras. Ai do clube que não cultiva seus heróis.

A Máquina Tricolor viria a seguir: em 1975 e 1976, Rivellino, Paulo Cézar, Doval e companhia levantam o bicampeonato. E já surgia o jovem Edinho, que seria responsável pelo gol do título de 1980.

O tri seguinte seria épico: Assis derruba o Flamengo duas vezes, em 1983 e 1984; no ano seguinte, é a vez de Romerito e Paulinho acabarem com o Bangu. Dez anos depois, Renato Gaúcho seria o herói de outro Fla-Flu decisivo, o do fatídico gol de barriga. Em 2002, o Fluminense é o campeão do Centenário. E em 2005 conquista o "trintacampeonato", com direito a gol de nuca do zagueiro Antônio Carlos, no apagar das luzes.
Colaboração:
Fonte: www.jornalheiros.blogspot.com

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