terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Clubes da Região Serrana

A Região Serrana do estado do Rio de Janeiro ocupa quase todo o noticiário nacional devido à tragédia ocorrida nesta semana. Não haveria de ser diferente, considerando que centenas de pessoas morreram em uma das maiores catástrofes da história brasileira. Antes disso, o local era conhecido como ponto turístico, sobretudo pelo clima agradável e passeios pela serra.

De fato, futebol nunca foi o forte da região. Garrincha nasceu lá perto, em Pau Grande, distrito de Magé localizado ao pé da Serra dos Órgãos. Mas, sem poder colocá-lo na conta, a Região Serrana tem papel discreto no cenário nacional e mesmo no estadual. Há a Granja Comary, CT da CBF em Teresópolis. Há Friburguense e Serrano, que tiveram bons momentos e, dias antes do temporal que arrasou suas cidades, disputaram um amistoso de pré-temporada . Mas não vai muito além disso, ainda mais depois da unificação do Estado do Rio de Janeiro com a Guanabara.

Conheça a história dos clubes que representam ou representaram essa bela região do Rio de Janeiro.

NOVA FRIBURGO-RJ

Friburguense Atlético Clube
Fundação: 1980
Estádio: Eduardo Guinle (6.550 lugares)
Títulos: 1 Estadual – segunda divisão

Fundado com a fusão de Fluminense e Serrano, se tornou a principal força da região serrana nas últimas duas décadas. Estreou na elite do Rio de Janeiro em 1995, caiu e só retornou em 1998. Aí, iniciou uma série de 13 temporadas seguidas na primeira divisão, só interrompida com o rebaixamento em 2010.

Teve bons momentos. Em 1999 e 2002, terminou o Estadual na quarta posição, superando Botafogo (99) e Botafogo, Flamengo e Vasco. Ainda foi sexto colocado em 1998, 2004, 06 e 07 As boas campanhas valeram participações nas Séries C e D nacionais e na Copa do Brasil. No entanto, o clube nunca esteve perto de ser promovido para a Segundona.

Nova Friburgo Futebol Clube
Fundação: 1979
Estádio: Raul Sertã (2.000 lugares)

Surgiu com a fusão de Friburgo e Esperança, duas potências do futebol de Nova Friburgo até a década de 1970. No profissionalismo, não teve tanta sorte. Foi ofuscado pelo vizinho Friburguense e só teve duas aparições: nas Terceironas de 1981 e 2007.

PETRÓPOLIS-RJ

Esporte Clube Cascatinha
Fundação: 1914
Estádio: Osório Júnior (5.000 lugares)

O curioso nome se deve à localização, no bairro de Cascatinha (meio macabro considerando o que passou a cidade após as chuvas deste início de 2011). Seu grande momento foi no Campeonato Fluminense de 1943, quando chegou às semifinais. Foi eliminado pelo Icaraí, de Niterói.

Após a unificação do Rio de Janeiro, teve apenas uma participação em campeonatos profissionais, na terceira divisão estadual em 1997. Fez uma campanha decente, terminando com 27 pontos em 19 jogos, suficientes para a sexta posição.

Kaiser Burg Futebol Clube
Fundação: 2007
Estádio: Ernani Duarte (3.000 lugares)

Clube fundado por um jornalista e um empresário, tem referências germânicas nas cores e no nome (“cidade imperial” em alemão). Disputou competições profissionais apenas em 2008, na terceira divisão. Desde então, está licenciado, mas mantém trabalho nas categorias de base e ensaia retorno.

Serrano Foot Ball Club
Fundação: 1915
Estádio: Atílio Marotti (8.500 lugares)
Títulos: 2 Campeonatos Fluminenses

Equipe mais tradicional de Petrópolis e de toda a região serrana. Era a grande força local na primeira metade do século 20, conquistando dois Campeonatos Fluminenses (estadual antes da unificação do Rio de Janeiro com o Distrito Federal/Guanabara) e 12 Campeonatos Petropolitanos.

Depois da unificação do Estado do Rio de Janeiro, o Serrano teve duas oportunidades na primeira divisão. Em 1980, fez campanha surpreendente e terminou na sétima posição. Na antepenúltima rodada do segundo turno, venceu o Flamengo de Zico por 1 x 0 em Petrópolis, resultado que tirou o Rubro-Negro da ponta e determinou o fim das esperanças de tetracampeonato. O destaque do time petropolitano era o goleiro Acácio, depois vendido ao Vasco.

Em 1981, o Serrano terminou na penúltima posição e foi rebaixado. Durante toda a campanha, obteve apenas um bom resultado contra os grandes: empate por 1 x 1 contra o Flamengo. Desde então, vaga entre segunda e terceira divisões do Rio de Janeiro, com um ano de licenciamento das competições (2007). O último motivo de orgulho foi o surgimento de Kevin Kuranyi, que jogou pelo clube nas categorias de base.

SÃO JOSÉ DO VALE DO RIO PRETO-RJ

Clube Atlético São José
Fundação: 1983
Estádio: Benjamin Franco

Foi fundado como Atlético Riopretense como homenagem ao Atlético Mineiro. Com o antigo nome, participou da terceira divisão estadual em 1995 e a quarta no ano seguinte. Mudou de nome para Atlético São José e tentou retornar ao profissionalismo em 2006.

TERESÓPOLIS-RJ

Barra Futebol Clube
Fundação: 1939
Estádio: Pitucão (4.000 lugares)

Clube teresopolitano de mais projeção, ainda que com vida muito curta. Profissionalizou-se em 1993, disputando a terceira divisão. No ano seguinte, foi convidado a disputar a Segundona. Mais uma temporada e estreava na Série C do Campeonato Brasileiro. Fez papel decente: terminou na liderança de seu grupo na primeira fase (diante de Campo Grande-RJ, Estrela-ES e Rio Branco-ES). Na segunda fase, passou pelo Vitória-ES com dois empates. Caiu apenas na terceira etapa, contra o XV de Piracicaba (que acabaria conquistando o título). Apesar dos resultados promissores, abandonou o profissionalismo em 1996.

Teresópolis Esporte Clube
Fundação: 2003
Estádio: Pitucão (4.000 lugares)

Fundado em 2003, disputou a Terceirona em 2004, pediu licença em 2005. O Teresópolis EC teve passagem fugaz no profissionalismo. Não deixou grandes raízes e chegou a mandar jogos no Ítalo del Cima, no Rio de Janeiro. Não confundir com o Esporte Clube Teresópolis, que disputa a Liga Futsal.

Teresópolis Futebol Clube
Fundação: 1915
Estádio: Antônio Savatonne (8.000 lugares)

Militou no amadorismo durante quase todas sua existência. A primeira aparição entre os profissionais ocorreu apenas em 1989, mas a segunda veio apenas doze anos depois. Desde então, vive entre licenças e participações na terceira divisão estadual. A exceção foi em 2008, quando conseguiu um lugar na Segundona. Ficou na décima posição (entre 26) e ainda viu o vizinho Serrano ser rebaixado para a Terceirona. No entanto, o Teresópolis acabou se licenciando novamente em 2009.

Colaborações: Ubiratan Leal e
Fonte: www.balipodo.com.br

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