Minas pode ficar sem mulheres na Câmara
Enquanto as pesquisas eleitorais apontam preferência por uma mulher, Dilma Rousseff (PT), para chefiar a nação nos próximos anos, a constatação em Minas é de que a exigência para que os partidos e coligações tenham a cota mínima de 30% de mulheres na disputa de vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados não deverá ter efeito prático nas eleições deste ano. Além de a maioria dos partidos não ter conseguindo preencher a cota mínima de nomes femininos, os próprios dirigentes partidários reconhecem que, entre as candidatas, é pequeno o número das que apresentam potencial de votos para ser eleger.
A situação é mais grave em relação à Câmara. Entre os nomes das coligações e dos partidos que despontam com maiores chances de eleição para deputado federal aparece apenas uma mulher. Isso significa que, caso ela não tenha bom desempenho nas urnas, Minas não terá representante feminina na Casa a partir de janeiro.
Em 2006, foram eleitas três deputadas federais por Minas Gerais. Mas uma delas (Maria do Carmo Lara-PT) renunciou em dezembro de 2008, depois de ser eleita prefeita de Betim. Hoje, das atuais duas deputadas federais mineiras, apenas uma concorre à reeleição: Jô Morais (PCdoB). A outra eleita deputada federal por Minas é Maria Lúcia Cardoso (PMDB), que, neste ano, decidiu disputar vaga na Assembleia para não competir com o ex-marido, o ex-governador Newton Cardoso (PMDB).
Atualmente, das 513 cadeiras da Câmara, apenas 45 (8,95%) são de mulheres. Em termos percentuais, a bancada feminina é mais expressiva no Senado, onde, entre as 81 vagas, oito são de mulheres (9,87%). Os estados com mais representantes na bancada feminina na Câmara são Rio de Janeiro e Bahia, com quatro cada. Com duas representantes, Minas tem apenas o percentual de 4,4%.
A deputada Jô Moraes (PCdoB) reconhece que enfrenta uma parada difícil por concorrer na mesma coligação com deputados do PT e do PMDB.
Fonte: http://www.uai.com.br/
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