domingo, 9 de maio de 2010

Estádio Juca Ribeiro

  1. Futuro do estádio gera insegurança a lojistas
Parceria entre o UEC e o Grupo Supermercadista Bretas ainda não saiu do papel

Enquanto a rede de supermercados Bretas e o Uberlândia Esporte Clube não se posicionam sobre o projeto de arrendamento do Estádio Juca Ribeiro, no Centro de Uberlândia, para a construção de um hipermercado, locatários dos cômodos comerciais localizados sob as arquibancadas do estádio convivem com a insegurança de perderem seus espaços.

Em julho de 2009, o CORREIO de Uberlândia publicou uma reportagem em que o presidente do Grupo Bretas, Estevam Duarte de Assis, afirmou – por meio da assessoria de imprensa – que o projeto deveria estar ponto e aprovado pelos órgãos municipais dentro de 60 dias após aquela data. A parceria com o UEC foi firmada em dezembro de 2008 e, desde então, o Bretas repassa R$ 54 mil por mês ao clube de futebol. A direção da rede de supermercados, assim como o presidente do UEC, Everton Magalhães, não quiseram falar sobre o andamento da negociação.

Palco de grandes eventos

Do famoso “jogo das ripas”, entre Uberlândia Esporte Clube e Araguari, entre as décadas de 1930 e 1940, passando pelas obras de construção das arquibancadas de alvenaria nos anos 60, pelos grandes jogos na década de 1970, o Estádio Juca Ribeiro, construído em 1933, também já foi palco de vários eventos culturais e cívicos.

Na progressista Uberlândia dos anos 70, o estádio era o maior espaço da cidade, capaz de receber e acomodar o público, por isso os principais eventos eram realizados naquele local. No auge do esporte estudantil, os alunos/atletas das escolas públicas e particulares se reuniam no “velho Juca”, onde aconteciam os desfiles das delegações, abertura das olimpíadas escolares ou universitárias e ainda os jogos mais importantes.

O Juca Ribeiro também foi palco de shows de grandes de astros como Xuxa Meneghel, o grupo Mamonas Assassinas (que morreu em um acidente de avião em 1996), Chitãozinho e Xororó, Milionário e José Rico, entre outros. Nestes eventos, o público se espremia no gramado, perto do palco ou nas arquibancadas. Não existem números oficiais quanto à quantidade de pessoas, mas se calcula que pelo menos 12 mil pessoas se apertaram para ver a “Rainha dos Baixinhos”. Já no show dos irreverentes Mamonas Assassinas, o público pode ter superado a casa dos 15 mil espectadores.

O estádio foi o grande palco esportivo até 1982, quando foi inaugurado o Estádio Parque do Sabiá. Jogos do Uberlândia Esporte contra a seleção da União Soviética e Cosmos, de Nova York, com Pelé e companhia ainda estão na memória daqueles que assistiram.

No Campeonato Mineiro, os embates contra Araguari, Uberaba, Atlético e Cruzeiro também fazem parte da história do estádio. No Campeonato Brasileiro, destaque para o confronto do Verdão contra o Fluminense (RJ), quando torcedores ocuparam até as marquises dos bancos de reservas e as torres de iluminação.

Obsoleto, hoje, o Estádio Juca Ribeiro não recebe jogos oficiais do Uberlândia Esporte e é utilizado apenas para alguns treinamentos do time e para realização de feirões de automóveis.

Fonte: www.correiodeuberlandia.com.br

CONSIDERAÇÕES;
Esssa é uma novela que se arrasta há anos. Quando essa notícia foi divulgada aqui no CORREIO eu a divulguei na rádio que eu trabalhava, por pouco eu não fui demitido. Alegaram que eu contrariei interesses comerciais em função do patrocínio que a empresa recebia do supermercado. Precisei me valer da internet, imprimir a notícia veiculada no CORREIO e provar a veracidade dos fatos.

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