segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Êxodo rural

Pequenos municípios do Norte/Noroeste tentam impedir êxodo de moradores “Volte sempre. Sua presença nos alegra. Já estamos com saudade”. As palavras expostas na placa de saída do município de Cardoso Moreira expressam a vontade da população de receber novamente os turistas e visitantes que acabaram de retornar para suas cidades. Mas, para quatro municípios do Rio de Janeiro, sendo três nas regiões Norte e Noroeste fluminense — a própria Cardoso Moreira e também Itaocara e Miracema — as palavras significam, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dos últimos 10 anos, que os locais têm sofrido com o êxodo populacional. Sem a opção de universidades, com a queda no repasse dos royalties do petróleo e sem conseguir uma recuperação financeira com o fim do ciclo do café ou do açúcar, essas cidades observam, cada vez mais, a mudança dos jovens para outros municípios, em busca de especialização e de uma vida melhor. A outra cidade afetada no Estado do Rio foi Trajano de Moraes, na região Serrana. Programas tentam estancar êxodo rural A população do interior do Estado do Rio de Janeiro passa por um processo de encolhimento devido, principalmente, ao êxodo de moradores, que buscam melhores condições de vida em centros maiores. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos 10 anos, a população de Cardoso Moreira, Miracema e Itaocara, localizados nas regiões Norte e Noroeste do Estado, perderam densidade populacional e, preocupados, prefeitos dessas cidades promovem programas de incentivos para tentar fixar o homem ao campo e brecar o esvaziamento. Com uma área de 51.882 km², o município de Cardoso Moreira, tem uma população estimada em pouco mais de 12 mil habitantes. Em 10 anos, a população encolheu -0,9%. O município tem na agricultura a sua principal atividade ocupacional. O comércio é pequeno e “acolhe” poucas pessoas. Já a Prefeitura é considerada a grande empregadora. Cerca de mil pessoas trabalham na Prefeitura, que, por sua vez, depende quase integralmente de transferências governamentais e dos repasses royalties do petróleo extraído nos vizinhos ricos, em torno de R$ 318 mil/ano. Com tão poucos recursos, qualquer iniciativas empreendedoras por parte da Prefeitura, é quase impossível. Fonte: www.fmanha.com.br

Um comentário:

Angeline disse...

Outro gravame, segundo o jornal O GLobo, na opinião de um especialista:
O especialista em desenvolvimento regional José Luiz Vianna, da UFF de Campos, ressalta outro problema enfrentado pelos municípios que estão com perda de população: - Como as novas gerações vão embora, os grupos políticos não se renovam. Sem idéias novas cria-se um ciclo vicioso.