quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Série A 2009

Por um fim de campeonato isento Não sabemos exatamente com que interesse, talvez uma esdrúxula estratégia de evitar que os dois times do Rio caiam juntos, mas é nítido para quem acompanha o campeonato com um pouco de atenção que tem havido uma tremenda boa vontade da CBF e da Conaf com o Botafogo nas últimas rodadas. Quase todos os jogos recentes do alvinegro tiveram interferência direta do trio de arbitragem em seu desfecho. 27a rodada: Goiás 1 x 3 Botafogo Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF) O Botafogo, que nesta altura do campeonato estava há onze jogos sem vencer, atuou com um jogador a mais desde a metade do primeiro tempo, e dessa forma construiu a vitória. Um detalhe importante para o desfecho desta partida é que o árbitro teve oportunidade de igualar o número de jogadores em campo quando o jogo ainda estava 0×0. Leandro Guerreiro, que já tinha cartão amarelo, fez nova falta passível de advertência no meio campo. O árbitro “se equivocou” e deu o cartão para um outro jogador, que ainda não tinha sido advertido. 29a rodada: Botafogo 2 x 2 Avaí Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO) Aos 37 minutos de jogo, houve pênalti para o Avaí. O árbitro equivocadamente assinalou a infração fora da área. Ainda assim, foi alvo de pressão e exasperadas reclamações do técnico Estevam Soares e dos jogadores do Botafogo contra esse lance, pois mesmo a falta tendo sido marcada erradamente fora da área, na cobrança o Avaí abriu o placar. A partir daí, talvez pressionado, o árbitro não marcou mais praticamente nenhuma falta a favor do Avaí, inclusive uma clara no lance do gol de empate do Botafogo, onde o atacante André Lima se apóia no zagueiro adversário para disputar a bola. 31a rodada: Botafogo 0 x 1 Flamengo Árbitro: Luiz Antônio Silva Santos (RJ) Pênalti inexistente marcado para o Botafogo, que acabou não influindo no resultado, pois foi desperdiçado. Mas a ajuda existiu. 32a rodada: Botafogo 1 x 0 Náutico Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (RS) Nesse jogo podemos dizer que o trio de arbitragem fez barba, cabelo e bigode. Logo aos 19 minutos de jogo, Carlinhos Bala recebeu sozinho e foi derrubado fora da área pelo goleiro Jefferson. Apesar da clara e manifesta chance de gol, o árbitro deu apenas amarelo para o goleiro do Botafogo. Em outro lance, o atacante Tuta (ex-Flu) recebeu um passe sozinho com o goleiro do Botafogo, mas foi marcado um impedimento inexistente. Para completar, o gol da vitória foi marcado em mais um pênalti inexistente. 33a rodada: Internacional 0 x 1 Botafogo Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO) Houve um pênalti não marcado de Fahel em D’Alessandro. Cabe ainda lembrar que antes dessa sequência, no jogo Botafogo 0×0 Fluminense, disputado no Engenhão, houve pênalti não marcado a favor do Fluminense, quando um zagueiro do Botafogo cortou a bola com a mão dentro da área. Não precisa ser nenhum matemático para saber que, alterando o resultado da metade dos jogos citados acima (para não pedir muito), as chances do Fluminense se salvar do rebaixamento hoje seriam substancialmente maiores. O que passou, passou. O Fluminense tem mostrado dentro de campo futebol e espírito de luta capazes de nos tirar da situação desesperadora em que nos encontramos. Mas para isso é preciso também que haja imparcialidade nessa reta final. Em respeito não só ao Fluminense, mas aos outros times que disputam a fuga do rebaixamento com muita luta e dignidade, em respeito ao campeonato, ao torcedor. Chega de ajudar A ou B. O futebol profissional não pode comportar mais isso. Se for para o Náutico se safar, que seja. Se for o Santo André, que seja. Se for o próprio Botafogo, que seja também. E se for o Fluminense, melhor ainda. Mas exigimos ver essa decisão acontecer apenas pelo esforço dos jogadores, e não pela nefasta influência dos homens de preto. Fonte: http://flusocio.com.br/ (Com imagens dos lances) Colaboração: Alexandre Magno Barreto Berwanger

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