segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Língua Portuguesa

Por que São Paulo e não Santo Paulo?
Há detalhes na nossa língua portuguesa os quais só percebemos quando alertados por outrem.
Quando usar a expressão "santo" ou sua forma apocopada "são"?
A norma padrão do idioma é usarmos "santo" antes de palavras iniciadas por vogal ou por H, e "são" antecedendo palavras começadas por consoante. Há de se observar, no entanto, alguns casos que fogem ao padrão adotado. O mais significativo diz respeito a Tomás de Aquino. Os autores clássicos, como o padre Antônio Vieira e o frei Luís de Sousa, somente usavam Santo Tomás, mas a partir do século 18, com o decorrer do tempo e as mutações naturais, o padrão vai-se firmando, e hoje vemos quase sempre a grafia São Tomás.
Há outros casos desviantes, que leva o leitor ao conflito, como São Estêvão em lugar de Santo Estêvão, e Santo Tirso e não São Tirso. Entretanto, o Dicionário da Real Academia prega que a forma "santo" só deve ser usada, excepcionalmente, antes de Domingo, Tomás, Tomé e Toribio. Por isso falamos São Tomé, quando na Argentina a cidade tem o nome de Santo Tomé;
dissemos república de São Tomé e Príncipe, enquanto lá eles usam Santo Tomé e Príncipe.
A capital da República Dominicana é, para nós, São Domingos; para eles é Santo Domingo.
Mas a forma padrão não deixa dúvidas: "Santo" antes de vogal ou H; "são" antes de consoante. Por isso, São Paulo.
Quanto ao feminino, nenhum problema, pois vamos usar sempre "santa": Santa Edwiges

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