Apesar de ter sido indiciado por inúmeros crimes, o ex-prefeito bejani ainda continua impune, sem processos formais na Justiça relacionados à Operação Pasárgada, realizada em 2008 pela Polícia Federal. Há um ano, no dia 16 de junho, o então vice-prefeito, José Eduardo Araújo, recebia na Prefeitura Municipal a carta de renúncia, enviada por bejani diretamente da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, onde ficou encarcerado por quase dois meses.
Na época, sob pressão, o ex-prefeito deixou o mandato para não ter seus direitos políticos cassados e, consequentemente, não poder concorrer a cargos políticos nas próximas eleições. Ele havia sido preso pela segunda vez e repercutia em todo o país o vídeo apreendido pela Polícia Federal, que mostrava bejani fazendo uma negociação com o empresário Francisco Carapinha, o Bolão, sobre o aumento do preço da passagem de ônibus. Flagrante mal explicado por bejani, assim como a mala de dinheiro encontrada em sua casa, cuja suposta origem seria a venda de uma fazenda em Ewbank da Câmara. As investigações do caso estão agora sendo dirigidas pelo sub-procurador geral da República, Carlos Eduardo Vasconcelos. Depois de receber os inquéritos da polícia, o Ministério Público Federal (MPF) reúne outras provas para comprovar as irregularidades. Só em junho, 11 petições foram requeridas pela procuradoria.
Agora, o MPF quer formalizar a ação civil pública que irá denunciar bejani e todos os outros prefeitos, empresários, assessores e juízes envolvidos nos esquemas de fraude contra o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Não há data para a formalização da denúncia e a abertura do processo, mas o andamento processual do inquérito indica que isso está prestes a acontecer. No último dia 28 de maio, o ministro Paulo Galotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), recebeu o parecer das investigações, enviado pelo MPF. A documentação será analisada e, em seguida, devolvida ao MPF para que o órgão formalize, finalmente, a ação, dando início
ao processo.
Fonte: www.jfhoje.com.br
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