segunda-feira, 25 de maio de 2009

Rádio e Tv

Rádio: OS ÚLTIMOS SUSPIROS DOS RADIALISTAS EM JF
por Léo Peixoto*

Quando eu era menino, ouvia por tabela minha mãe ligada nas rádios de Juiz de Fora. Os radialistas naquela época eram verdadeiros ídolos da cidade. Ainda me lembro agora de alguns nomes que faziam muito sucesso naquele tempo: Claudiney Coelho, Cláudio Temponi, Helena Bittencourt, Adair Mendes, Gil Horta, Mário Helênio, Ronaldo Mineiro e tantos outros que me falham a memória. Talvez sem querer, fiquei influenciado por tudo aquilo e resolví seguir o caminho da comunicação. Porém, o tempo passa e sinto que, lamentavelmente, a classe vem desaparecendo pouco a pouco. Hoje em dia, poucos são os grandes comunicadores que ainda estão no ar. Não tenho ouvido o Márcio Augusto nos últimos dias (tomara que esteja apenas de férias ou estou desatualizado). Creio, que a única chance de abrirmos novos caminhos neste ramo, seria uma concessão de um canal de rádio, dirigido por profissionais da área, numa forma de cooperativa. Esse negócio de gente que não é apaixonado pelo microfone comandar programações radiofônicas, não tá dando certo, eu acho!

TV: PROGRAMAÇÃO TELEVISIVA LOCAL, EIS A QUESTÃO.
Lamentavelmente, nossa cidade está na contra-mão quando o assunto é produção de programas de televisão feitos aqui mesmo. Antigamente, nos tempos da TV Industrial, quando os recursos eram menores em todos os sentidos, produzia-se mais do que hoje em dia. Certo, é que as pessoas gostam mesmo é de ver o que acontece em sua própria aldeia. Programas locais é garantia de audiência e como dizia meu amigo radialista Carlos Augusto (o Guto), as pessoas vêem até pra poder falar mal. Infelizmente, parece que estamos andando para trás nesta área. Até não muito tempo atrás, tínhamos a própria TV Tiradentes, com vários programas feitos aqui mesmo, isso sem contar a TV Plural, que também fiz parte e a TV Visão, que produziram várias horas de programação totalmente local.
Tá faltando apenas incentivo e menos olho grande apenas no lucro, pois facilitando a locação de horários, seria bem melhor que meramente reproduzir um outro programa transmitido lá de longe, dos grandes centros, que pouco tem a ver com a nossa realidade.
*Léo Peixoto é um radialista
Fonte: Blog do Léo Peixoto
CONSIDERAÇÕES:
Tenho afirmado que em Juiz de Fora o rádio foi assassinado e os assassinos e, as assassinas, não foram presos. Continuam aí, causando um dano irreparável a esse veículo quase centenário e tão atual. Esse rádio que revelou Paulo Lopes, Francisco Barbosa, Fernando Sérgio, Glauco Fassheber, Maurício Menezes, e outros.
Esse mesmo rádio mantem fora do meio profissionais da qualidade de Maurício Menezes, Glauco Fassheber, Claudiney Coelho (um artista completo), Oscar Mugica. O que falta a Juiz de Fora é Radiodifusor, na mais verdadeira definição da palavra, do tipo:
Emanuel Carneiro, em Belo Horizonte, Edson Gualberto, em Governador Valadares, Paulo Roberto, em Muriaé, os herdeiros de Xavier Pereira, em Ubá, João Bosco Torres e filhos em Viçosa/Ponte Nova/Ervália, etc.
Basta você verificar as profissões dos que tocam o rádio hoje na cidade. Você verá que eles são de atividades alheias ao meio.
Enquanto isso, vão nos enfiando "goela abaixo", "cheiro de satanás", "lelê do pó" "dercy gonçalves" (depois da tempestade, é claro) e por aí vai.
Pobre Juiz de Fora!!!
Carlos Aberto Fernandes Ferreira
Radialista - DRT/MG 4017/99
EM TEMPO:
Márcio Augusto, o maior nome da comunicação pelo rádio na cidade, está em licença médica e retorna dia 01º de junho, isso, se não houver mudanças, implementadas pelos "curiosos" infiltrados no meio.

9 comentários:

Carlos Ferreira disse...

Prezado amigo,
Tenho afirmado que em Juiz de Fora o rádio foi assassinado e os assassinos e, as assassinas, não foram presos. Continuam aí, causando um dano irreparável a esse veículo quase centenário e tão atual. Esse rádio que revelou Paulo Lopes, Francisco Barbosa, Fernando Sérgio, Glauco Fassheber, Maurício Menezes, e outros. Esse mesmo rádio mantém fora do meio profissionais da qualidade de Maurício Menezes, Glauco Fassheber, Claudinei Coelho (um artista completo), Oscar Mugica. O que falta a Juiz de Fora é Radiodifusor, na mais verdadeira definição da palavra, do tipo: Emanuel Carneiro, em Belo Horizonte, Edson Gualberto, em Governador Valadares,Paulo Roberto, em Muriaé, os herdeiros de Xavier Pereira, em Ubá, João Bosco Torres e filhos em Viçosa/Ponte Nova/Ervália, etc. Basta você verificar as profissões dos que tocam o rádio hoje na cidade. Você verá que eles são de atividades alheias ao meio.
Enquanto isso, vão nos enfiando "goela abaixo", "cheiro de satanás", "lelê do pó" "dercy gonçalves" (depois da tempestade, é claro) e por aí vai.
Pobre Juiz de Fora!!!

Carlos Aberto Fernandes Ferreira
Radialista - DRT/MG 4017/99
www.carlosferreirajf.blogspot.com

EM TEMPO:
Márcio Augusto, o maior nome da comunicação pelo rádio na cidade, está em licença médica e retorna dia 01º de junho.

Gabriel disse...

sábias palavras dos dois radialistas!!!
concordo com gênero, número e grau!
tomara q vejamos esses novos ares do radio e do radiojornalismo em JF. Me lembro da minha infância quando eu acordava cedo pra ir para a aula e minha mãe ouvia todos os dias o programa de música sertaneja do josé de barros (meu brasil, rsrs) e depois as primeiras do dia! parece q, infelizmente, hj as crianças nao estao tendo essa experiência... mas será pq? eh, torço para que o rádio e radiojornalismo volte a ser aquele de quando eu era criança!!!

obs. ferreira, torço por vc!!! pelo flu nao, mas por vc sim!!! rsrs, absss

Anônimo disse...

corajoso seu depoimento,mas nao so em juiz de fora,aconteceu esse desrespeito a ludica historia do radio onde paixao tornou-se cifroes e promoçoes de egos.Aqui em bh tamnbem aconteceu o mesmo,nao ha mais grandes nomes no radio Am,hoje a falencia,monopolizado por uma unica emissora ha mais de 3o anos.Unamunos juiz de fora e bh.

Celso disse...

Gostei de descobrir este blog. Faço com ele uma ponte com minha fase de adolescente e estudante universitário. Fui um apaixonado pelo rádio e entre 1967 e 1975, transitei com muito orgulho pelas ondas da Difusora 730 (ZYV53) e Industrial 1090 khz (ZYT9) e eventualmente pelo canal 10. Muitos dos nomes mencionados no blog foram meus colegas, alguns mais velhos que eu foram meus condutores e orientadores na minha lida de locutor. Formado em economia pela UFJF mudei completamente de atividade. Recentemente voltei ao estúdio para gravar um comercial para um amigo, o que me provocou imensa saudade dos anos de estúdio.

Depois que sai de Juiz de Fora (1976), morei em diversas capitais e há 21 anos estou em Curitiba. Sou consultor de empresas e professor universitário. Na Difusora fui apresentador por 4 anos do programa “Varig é dona da noite” e “Hot Line”. Depois substitui o Natálio Luz no horário nobre (das 15 às 18 horas) no programa “Chá das três”. Por algumas vezes substituí o Fernando Sérgio e o Efigênio no Noticiarista T9 e no jornal do canal 10.

O tema que vocês estão discutindo realmente é interessante, pois o rádio hoje tem um papel muito diferente do que tinha nos anos 60 e 70. A sociedade mudou, a economia e a tecnologia avançaram muito e o rádio hoje é conseqüência destas mudanças: prestação de serviço de utilidade instantânea. O local e o global estão juntos no rádio moderno numa convergência digital que não pode ser ignorada. Enfim, gosto do tema e poderíamos escrever um monte, mas não é caso agora.

Ficam os meus cumprimentos aos profissionais do rádio atual em Juiz de Fora e, quem sabe, algum profissional remanescente da minha época radiofônica leia este post e possamos reatar contatos.


Abraços
Celso
celsocs@folha.com.br

Celso disse...

Gostei de descobrir este blog. Faço com ele uma ponte com minha fase de adolescente e estudante universitário. Fui um apaixonado pelo rádio e entre 1967 e 1975, transitei com muito orgulho pelas ondas da Difusora 730 (ZYV53) e Industrial 1090 khz (ZYT9) e eventualmente pelo canal 10. Muitos dos nomes mencionados no blog foram meus colegas, alguns mais velhos que eu foram meus condutores e orientadores na minha lida de locutor. Formado em economia pela UFJF mudei completamente de atividade. Recentemente voltei ao estúdio para gravar um comercial para um amigo, o que me provocou imensa saudade dos anos de estúdio.

Depois que sai de Juiz de Fora (1976), morei em diversas capitais e há 21 anos estou em Curitiba. Sou consultor de empresas e professor universitário. Na Difusora fui apresentador por 4 anos do programa “Varig é dona da noite” e “Hot Line”. Depois substitui o Natálio Luz no horário nobre (das 15 às 18 horas) no programa “Chá das três”. Por algumas vezes substituí o Fernando Sérgio e o Efigênio no Noticiarista T9 e no jornal do canal 10.

O tema que vocês estão discutindo realmente é interessante, pois o rádio hoje tem um papel muito diferente do que tinha nos anos 60 e 70. A sociedade mudou, a economia e a tecnologia avançaram muito e o rádio hoje é conseqüência destas mudanças: prestação de serviço de utilidade instantânea. O local e o global estão juntos no rádio moderno numa convergência digital que não pode ser ignorada. Enfim, gosto do tema e poderíamos escrever um monte, mas não é caso agora.

Ficam os meus cumprimentos aos profissionais do rádio atual em Juiz de Fora e, quem sabe, algum profissional remanescente da minha época radiofônica leia este post e possamos reatar contatos.


Abraços
Celso
celsocs@folha.com.br

Osmar Ferreira disse...

CELSO,transcorridos cerca de 10 anos deste seu comentário, não me furto de relembrar os programas que você citou; o CHÁ DAS TRÊS e VARIG É DONA DA NOITE marcaram minha adolescência/juventude. Eram inesquecíveis estes programas. Hoje tenho 67 anos e a Rádio Difusora é, sem dúvida, a grande marca de uma época de ouro da radiodifusão de Juiz de Fora.

Celso disse...

Surpresa receber uma replica de um comentário feito há tanto tempo. Muito obrigado pelo carinho e pela audiência de mais de 4 décadas.


Abraços

Celso

Celso disse...

Surpresa receber uma replica de um comentário feito há tanto tempo. Muito obrigado pelo carinho e pela audiência de mais de 4 décadas.


Abraços

Celso

ALEXANDRE MAIRINK VIEIRA disse...

E pensar que esse texto do Carlos Ferreira foi escrito em 2009 e hj 2022 nada mudou pelo contrário radios transmitindo redes de radio . Pouca coisa ou quase nada local e produzida isso no radio tv então nem se fala . Sou da época da super B3 depois Solar 1.010 Nova Cidade (amizade) 730 essas 2 desativadas radio Capital Adair Mendes um pouco mais pra frente radio Juiz de Fora tudo AM única FM era a Manchester. Nos dias de hj se não tiver enganado um dos poucos em atividade até hj e o Gil Horta na Itatiaia que por sinal Gil Horta bombando com sua locução simples de que conhece rádio na raiz , ta vendo me lembrei agora tb do Jair Macedo hj ainda luta com todas as forças na única AM hj de JF play Hits antiga radio Juiz de Fora juntos com Ivan Elias . A gente vai escrevendo e vai lembrando dos grandes nomes das nossas saudosas rádios de JF . Pra que não sabe Gil Horta na radio Itatiaia pela manhã de segunda a sexta até as 11 da manhã, Jair Macedo nos domingos de manhã como era nos anos 80 e o Ivan Elias nas tardes de segunda a sexta falando de esporte e noticias Gerais, Jair e Ivan pela Play Hits AM 910, Gil Horta Itatiaia 105.3 FM. Vale a pena conferir e matar um pouco da saudade . Um abraço a todos .