domingo, 31 de maio de 2009

Juiz de Fora-MG, 31/05/1850

Juiz de Fora é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, situado na Zona da Mata Mineira, sendo o quarto maior município do estado, o segundo do interior de Minas, em população, superado apenas por Belo Horizonte, Uberlândia e Contagem, com uma população estimada pelo IBGE para 2008 de 520.612 habitantes. É a 35ª maior cidade do Brasil (segundo o IBGE). Origens As origens de Juiz de Fora remontam a época do Ciclo do Ouro, portanto confundem-se com a história de Minas Gerais. A Zona da Mata, então habitada pelos índios puris e coroados, foi desbravada com a abertura do Caminho Novo, estrada construída em 1707 para o transporte do ouro da região de Vila Rica (Ouro Preto) até o porto do Rio de Janeiro. Diversos povoados surgiram às margens do Caminho Novo estimulados pelo movimento das tropas que ali transitavam, entre eles, o arraial de Santo Antônio do Paraibuna povoado por volta de 1713. Em 1850, o arraial de Santo Antônio do Paraibuna foi elevado à categoria de vila, emancipando-se de Barbacena (Minas Gerais) e formando um município. A elevação à categoria de cidade ocorreu quinze anos depois, quando foi adotada a denominação de Juiz de Fora. Este curioso nome gera muitas dúvidas quanto à sua origem. O juiz de fora era um magistrado nomeado pela Coroa Portuguesa para atuar onde não havia juiz de direito. A versão mais aceita pela historiografia admite que um desses magistrados hospedou-se por pouco tempo em uma fazenda da região, passando esta a ser conhecida como a Sesmaria do Juiz de Fora. Mais tarde, próximo a ela, surgiria o povoado. A identidade exata e a atuação desse personagem na história local ainda são polêmicas. Um personagem de grande importância no município foi o engenheiro alemão Heinrich Wilhelm Ferdinand Halfeld (Henrique Guilherme Fernando Halfeld), que empresta seu nome a uma das principais ruas do comércio local e ao parque situado no centro da cidade, no cruzamento da mesma rua Halfeld e a Avenida Barão do Rio Branco, entre o prédio da Prefeitura Municipal, a Câmara dos Vereadores e o Fórum da Comarca. Halfeld, após realizar uma série de obras a serviço do Estado Imperial Brasileiro, acaba por fixar residência na cidade, envolve-se na vida política, constrói a Estrada do Paraibuna e promove diversas atividades no município, sendo considerado um de seus fundadores. O outro fundador é Antonio Dias Tostes. Pioneirismo e imigração A partir de 1850, Juiz de Fora passa a vivenciar um processo de grande desenvolvimento econômico proporcionado pela agricultura cafeeira que se expandia pela Zona da Mata mineira. Por iniciativa de Mariano Procópio Ferreira Lage, inicia-se a construção da primeira via de transporte rodoviário do Brasil: a Estrada União e Indústria, com 144 km de Petrópolis a Juiz de Fora, com o objetivo de encurtar a viagem entre a Corte e a Província de Minas e facilitar o transporte do café. Mariano Procópio Ferreira Lage contrata então 1.193 imigrantes alemães para a construção da estrada e cria um núcleo colonial que, com a finalização das obras da União e Indústria, volta-se para a produção de gêneros agrícolas e dá origem à Colônia D. Pedro II, hoje atual bairro São Pedro. Os colonos fixaram-se também na Vila São Vicente (atual Borboleta) e na Rua Mariano Procópio. Os imigrantes que chegaram a Juiz de Fora vieram em busca de uma melhor condição de vida e, após o fim da construção da estrada, se dedicaram às profissões que praticavam na Alemanha. Os alemães que vieram para Juiz de Fora em 1858 foram os primeiros protestantes a chegar em Minas Gerais. Entre algumas das realizações culturais da imigração alemã está a vinda das freiras da Congregação das Irmãs de Santa Catarina. Elas vieram para o município em 1900 e fundaram o Colégio Santa Catarina, a fim de instruir as crianças da Colônia Alemã. Educação superior Localiza-se na cidade a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), uma das melhores do Brasil, segundo o Ministério da Educação. Fundada em 1960, conta hoje com mais de 10.000 alunos em diversas áreas de ensino. A cidade também é atendida por outras instituições de ensino superiores tais como:
Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF),
Faculdade Metodista Granbery (FMG),
Universidade Estácio de Sá,
Instituto Vianna Júnior,
Faculdade DOCTUM,
Faculdade Machado Sobrinho,
Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC),
Faculdade do Sudeste Mineiro (FACSUM),
Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO), entre outras.
Geografia Juiz de Fora é o município mais extenso da Zona da Mata. Totalizando uma área de 1.436,8 km², é formado por 4 distritos: Juiz de Fora, Sarandira, Torreões e Rosário de Minas. As terras do município encontram-se inseridas na Bacia do rio Paraíba do Sul. A cidade ergue-se às margens de um dos principais afluentes do Paraíba do Sul, o Rio Paraibuna, que corta o município no sentido norte-sul. Outros rios importantes que banham o município são os rios Cágado e do Peixe, afluentes do Paraibuna. De acordo com dados da Prefeitura, o município conta com 43 museus e pontos turísticos. Os principais são: - Museu Mariano Procópio: O primeiro museu de Minas Gerais e o terceiro do Brasil, traz um dos mais abrangentes acervos do período imperial brasileiro. - Museu de Arte Moderna Murilo Mendes com obras de Picasso, Miró, Guignard, Ismael Nery, Goeldi, Franz Weissman, Léger, Magritte, Max Ernst e outros artistas, constitui-se uma das principais coleções de arte moderna do Brasil. - Rua Halfeld: a principal rua da cidade, com cafés, cinemas, galerias e lojas. Nela se localizam o painel "Cavalinhos", de Portinari, no Edifício Clube Juiz de Fora, o Parque Halfeld, com coreto, parque infantil e árvores centenárias, a Câmara Municipal e o Cine-Theatro Central. - Cine-Theatro Central: Inaugurado em 30 de março de 1929, é um dos mais importantes teatros do país. Tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, foi restaurado e reinaugurado em 1996. - Parque da Lajinha: Área verde de 140 mil metros quadrados, possui trilhas para caminhada e mountain bike, lago e amplo espaço aberto. - Morro do Imperador: Conhecido também como Morro do Cristo e Morro da Liberdade, o Morro do Imperador, a 1.492 m do nível do mar, é um dos pontos mais altos de Juiz de Fora. É assim denominado porque, em 1861, D. Pedro II o escalou para apreciar a vista da cidade. Nas comemorações da passagem do século, nele foi construída uma capela e, em 1906, um monumento ao Cristo Redentor, símbolo da vitória contra uma epidemia que assolou o município. Lá se encontra também uma torre helicoidal, primeira do tipo na América do Sul, que serviu à TV Industrial, emissora pioneira em geração de imagens no interior brasileiro. - Usina de Marmelos Zero: Construída pelo industrial Bernardo Mascarenhas e inaugurada em 1889, trata-se da primeira usina hidrelétrica da América do Sul. - Aeroclube de Juiz de Fora: Oferece vôos panorâmicos sobre a cidade e atividades aerodesportivas. - Campus da UFJF: Localizado na parte alta da cidade, a 5 km do centro, ocupa uma área de 1.325.811 m², cercada de verde, local propício ao lazer e à prática de caminhadas e passeios de bicicleta. - Igreja Melquita de São Jorge: Umexemplar da arte moderna no Brasil, a Igreja projetada por Jorge Staico é referência em arquitetura, além de ser uma das poucas Igrejas Orientais no Brasil. - Outros museus: Museu do Crédito Real, Museu Ferroviário, Museu do Folclore, Museu de História Natural da Academia Fonte: wikipedia

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