domingo, 1 de março de 2009

TEOTÔNIO BRANDÃO VILELA

Teotônio Brandão Vilela nasceu em Viçosa, Alagoas, no dia 28 de maio de 1917, e tinha nove irmãos, entre eles dom Avelar Brandão Vilela, cardeal – arcebispo de Salvador, Bahia, e primaz do Brasil. Outro irmão, Otávio Brandão, foi líder comunista desde os primórdios da organização do movimento no Brasil, em 1922. O seu filho, Teotônio Vilela Filho, é o atual governador de Alagoas.Teotônio Vilela fez os primeiros estudos em sua cidade natal, cursando o secundário no Colégio Nóbrega, dos jesuítas, em Recife, Pernambuco. Frequentou, em seguida, as faculdades de Engenharia e Direito, respectivamente, em Recife e no Rio de Janeiro. Teotônio era um leitor assíduo das obras do filósofo francês Jean-Jacques Rousseau.Teotônio Vilela foi um dos políticos que mais combateu a Revolução de 1964, mesmo apoiando, de início, o movimento militar.
Teotônio combatia toda espécie de injustiça provocada pela Revolução, e já no fim da vida, minado pelo câncer, viajou o Brasil inteiro defendendo as eleições diretas.Com a Revolução de 1964, Teotônio apoiou o movimento e era vice-governador de Alagoas, mas não admitia injustiças. Então, toda vez que o governador Luiz Cavalcante se ausentava, Teotônio, ao assumir o cargo, aproveitava para libertar “os subversivos que estivessem presos no Dops sem processo formal”. Mais tarde, senador pela Arena, partido do governo militar, discursou no Congresso, em Brasília, pedindo o fim do Ato Institucional nº. 5, que era a própria essência do regime.
Em 1979, numa memorável campanha pela anistia ampla, geral e irrestrita, percorreu os cárceres do país, onde houvesse um preso político. Quando os metalúrgicos do ABC (SP) pararam as fábricas da região em pleno regime militar, Teotônio seguiu de Brasília para São Paulo, aliando-se entre as personalidades que apoiaram os trabalhadores. Ele acreditava que acima dos conflitos de classes e ideias estavam os sentimentos de pátria, liberdade e justiça. A doença dominou seu organismo, mas mesmo assim nunca parou de trabalhar por seus ideais. Poucos meses antes de morrer, Teotônio declarou à imprensa que “mantinha com a morte um relacionamento sem asperezas”. Teotônio Vilela morreu no dia 27 de novembro de 1983, em Maceió, Alagoas, com 63 anos de idade.

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