segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

16 de fevereiro - DIA DO REPÓRTER

Entre as primeiras formas de jornalismo escrito destaca-se a transmissão de notícias em cartazes colocados nos lugares públicos, sistema encontrado nas antigas civilizações egípcia, babilônica, grega e romana, e que sobrevive ainda hoje nos jornais murais da China ou no Jornal do Poste, em São João Del Rei, Minas Gerais. Entre os escritos mais antigos com as características jornalísticas de variedade, atualidade e periodicidade, aparece o Acta Diurna Populi Romani, um boletim oficial criado por Caio Júlio César (100-44 a.C.), que mostrava notícias sobre jogos, batalhas, cerimônias religiosas, atividades no Senado, incêndios e outros assuntos, e era afixado em uma tábua branca - o álbum - no muro da residência de César.
Em 1440, Johannes Gensfleisch Gutenberg (1394-1468), tipógrafo alemão, inventou os tipos móveis, revolucionou o processo de comunicação em uma época de crescimento acentuado de cidades e desenvolvimento do comércio por toda a Europa. Entretanto, ele jamais poderia imaginar que o seu invento beneficiaria o mundo da forma tão marcante como aconteceu, porque a partir do momento em que a impressão de livros se tornou mais fácil, a publicação de obras científicas, culturais, políticas, religiosas e de outros gêneros, cuja leitura ficara até então restrita à clausura dos mosteiros, permitiu que o conhecimento chegasse a um número cada vez maior de pessoas, o que, por sua vez, acabou fazendo surgir a necessidade de que outras formas de narrativa escrita fossem criadas. Como os livros tratavam do passado, do que havia ficado para trás, criou-se então o jornal, veículo informativo usado para relatar acontecimentos recentes, ligados ao dia-a-dia das pessoas. A partir daí, o termo imprensa deixou de ser apenas a "máquina impressora" e passa a designar os meios de comunicação de massa.
Como no início do século 17 o número de pessoas interessadas nas notícias havia aumentando consideravelmente, os impressores da Inglaterra, da Alemanha e Países Baixos combinaram a troca, entre si, de notícias desses lugares, como forma de atender a seus clientes, de modo que as publicações começaram a aparecer regularmente em diversas cidades européias. Em 1650, mais de 150 anos depois da invenção de Gutenberg, surgiu na Antuérpia o primeiro semanário regular, o Nieuwe Tydingen, mas os primeiros jornais, propriamente dito, foram o semanário Frankfurter Journal, fundado em 1615, a Gazette van Antwerpen, em 1619, o Weekly News, em 1612, e a Gazette de France, em 1621.
Daí em diante a imprensa cresceu sempre mais, desdobrou-se em segmentos que hoje mantém o público inteirado dos acontecimentos ocorridos no mundo praticamente no momento em que eles acontecem, adquiriu personalidade própria tanto em sua forma austera como sensacionalista, sempre amparada no trabalho desenvolvido pelos repórteres, aqueles que procuram as notícias onde elas estejam, e sem os quais desapareceria o que de mais importante existe nos agrupamentos sociais, que é a informação atual sendo transmitida de maneira correta e confiável. Para homenagear os valorosos e nem sempre valorizados caçadores de fatos, foi instituído o Dia do Repórter, cuja data de comemoração é 16 de fevereiro.
Em seu livro Elementos do Jornalismo, editado em 2003, seus autores, Bill Kovach e Tom Rosenstiel, elaboraram uma lista com nove itens considerados fundamentais para o exercício da profissão de jornalista:
• A primeira obrigação do jornalismo é a verdade.
• Sua primeira lealdade é para com os cidadãos.
• Sua essência é a disciplina da verificação.
• Seus profissionais devem ser independentes dos acontecimentos e das pessoas sobre as que informam.
• Deve servir como um vigilante independente do poder.
• Deve outorgar um lugar de respeito às críticas públicas e ao compromisso.
• Tem de se esforçar para transformar o importante em algo interessante e oportuno.
• Deve acompanhar as notícias tanto de forma exaustiva como proporcionada.
• Seus profissionais devem ter direito de exercer o que lhes diz a consciência.
Dentro deste contexto, a figura do repórter merece destaque. Personagem que surgiu com a chegada dos jornais impressos, o repórter é o responsável por trazer aos leitores as últimas notícias do que acontece aqui, ali e acolá. Hoje eles estão presentes em todas as mídias, seja o jornal, a TV, o rádio, e até mesmo a Internet. Autor: FERNANDO KITZINGER DANNEMANN

2 comentários:

carlos ferreira disse...

gostei muito de sua materia super ensentivadora

Fernando disse...

Parabéns a todos os reporteres!!!
E aínda neste dia, tive a oportunidade de passar na TV ao lado da Lillian... hehehehehehe