segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Morre Friaça, atacante que disputou a final da Copa de 50

Friaça morre em Itaperuna Ex-jogador do Vasco e da seleção brasileira estava internado há 45 dias
Quase herói da seleção brasileira na Copa de 50 e grande destaque do famoso Expresso da Vitória do Vasco, Albino Friaça Cardoso morreu nesta segunda-feira às 9h10m, aos 84 anos, no Hospital São José do Avaí, em Itaperuna, no noroeste Fluminense. O ex-atleta, que passou também por São Paulo, Guarani e Ponte Preta, sofreu uma falência múltipla dos órgãos em decorrência de uma pneumonia, e estava internado há 45 dias.
O corpo de Friaça está sendo velado na Câmara Municipal de Porciúncula, sua cidade-natal que fica na divisa do Rio de Janeiro com Minas Gerais, e onde era uma verdadeira celebridade.
O prefeito Antonio Jogaib decretou três dias de luto no município.
Friaça fez parte de um dos episódios mais tristes da história do futebol brasileiro: a derrota para o Uruguai, por 2 a 1, na final da Copa de 1950, diante do Maracanã lotado. O atacante cumpriu sua função e abriu o placar para a seleção, mas o time sofreu a virada e, assim como seus companheiros, ele, que poderia ter sido o herói do título, virou vilão. Dos jogadores que estiveram em campo no episódio que ficou conhecido como Maracanazo, o zagueiro Juvenal é o único que está vivo agora.
Expresso da Vitória
Antes da criação da Taça Libertadores, o Expresso da Vitória do Vasco conquistou a América e foi campeão sul-americano em 1948. O único titular daquele time que ainda resistia era Friaça, que participou de todos os jogos daquela conquista histórica.
Em um dos jogos mais difíceis daquele título, contra o Colo Colo, do Chile, Friaça fez o gol de empate. Jogando contra o anfitrião e com a pressão de mais de 50 mil torcedores, o ex-atacante marcou de cabeça o gol que garantiu a ida do Vasco para o jogo decisivo com o River Plate, da Argentina, na última rodada, como líder da competição disputada por pontos corridos.
Em Porciúncula, o craque dá nome ao estádio municipal e também à maior loja da cidade: a Friaça Center. Inicialmente, ele abriu um pequeno estabelecimento comercial para vender material de construção, mas o seu filho transformou a lojinha na maior do município e abriu filiais em Campos e Itaperuna.
Friaça deixa a mulher Maria Helena e os filhos Ronaldo, Rogério e Maria Inês, além de netos. O ex-jogador tinha ainda outro filho: Ricardo, que faleceu em 1992, aos 33 anos, por conta de um acidente de voo livre.
Confira as matérias especiais sobre Friaça feitas em outubro de 2007:

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