Quais são as maiores rivalidades do futebol brasileiro?
Você colocaria o clássico Americano e Goytacaz nessa relação?
Se a resposta for negativa, prepare-se para uma surpresa. No final do ano passado, depois que a rede de TV americana CNN divulgou uma lista com os dez mais acirrados confrontos do futebol mundial (Celtics e Rangers, da Escócia, estão no topo), a Revista Época convidou os internautas para uma "discussão interna". Entre as 29 opções da votação, lá estava a disputa que tanto mexe com o torcedor campista. Americano e Goytacaz, que não se enfrentam desde outubro de 2003 - partida válida pela fase eliminatória da Série C do Brasileiro - integram um seleto grupo ao lado de Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo, Grêmio, Internacional, Cruzeiro, Atlético Mineiro, Sport, Náutico, Santa Cruz, Bahia, entre outras equipes. Para o jornalista Péris Ribeiro, pesquisador refinado da história do futebol, a notícia traz à tona lembranças dos áureos tempos do futebol campista.
- Acompanhei partidas memoráveis entre os dois times e o surgimento de jogadores de alto nível. Quem acompanhou as edições do Campeonato Campista certamente tem saudade de atletas como Dudu, Chico Preto, Zé da Ilha, Adalberto, Zé Henrique, que encantavam os críticos mais exigentes. As torcidas acompanhavam tudo de perto e não poupavam provocações aos adversários. É preciso criar alternativas para manter viva essa chama - comenta Péris, defensor da realização de torneiros regionais.
O advogado Mário Filho, presidente do Conselho Deliberativo do Americano, destaca o bairrismo como ingrediente importante para a rivalidade. "Campos foi uma das poucas cidades do país que tiveram um campeonato local, realizado de forma regular. Essas competições formaram torcedores, mas é preciso renovação", ressalta. Mário também defende o retorno de eventos que envolvam os times de Campos e municípios vizinhos. "A medida traria novos ares para o futebol e motivaria quem gosta do esporte. Temos tantos ou mais torcedores do que o nosso principal rival. Isso poderia, facilmente, ser comprovado", completa, em tom provocador. O presidente do Conselho do Goytacaz, Joédson Pereira, co-menta que até o fato das equipes estarem em divisões diferentes colabora para manter a rivalidade. "Um não quer cair e o outro sonha em subir. Qualquer confronto é marcado pela emoção. Esse sentimento é levado até para jogos das categorias de base. Ninguém quer perder", completa. Joédson diz que o poder público poderia esquentar a disputa. "O aniversário do município ou o dia do Padroeiro poderiam ser utilizados para a realização de um amistoso. Isso poderia entrar no calendário oficial. Os torcedores dos dois lados ficariam satisfeitos", sugere.
Fonte: Folha da Manhã
Um comentário:
Mas o que adianta essa rivalidade?Lá,como aqui,a maioria dos torcedores está pensando é nos 4 grandes do Rio.Ozanan/JF
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