O rádio já foi o grande fomentador de estímulo à cultura e às artes. Nos idos de 1930, até 1950, era o rádio a grande atração e a familia que tivesse um bom rádio em casa era considerada importante. Difícil era encontrar uma casa sem esse eletrodoméstico. Era através do rádio que as pessoas se atualizavam, aprendiam coisas novas, se divertiam, se emocionavam, riam, choravam e cantavam. Por isso, o rádio ocupava um lugar de destaque nas casas e nas vidas das famílias.
No entanto, a evolução, a modernidade e até mesmo a televisão tiraram do rádio tradicional a sua majestade. Do Galena ao MP3 foi um passo gigantesco, um salto evolutivo que mudou as características do rádio. O velho, romântico e imponente aparelhão valvulado se transformou em um minúsculo equipamento. Deixou de ser entendido como sendo de uso coletivo para se tornar num mínimo aparelho digital de uso pessoal e privativo. A própria linguagem do rádio mudou. Ficou mais dinâmica, mais coloquial, porém empobrecida e até mesmo chula, especialmente nas FMs ditas da moda. Locutores de qualidade vocal muito aquém do mínimo desejado pelos ouvidos um pouco mais exigentes.
Essa evolução tecnológica trouxe consigo um processo mudanças radicais na alma e na essência do rádio. Mudou o rádio, mudaram as pessoas. Extinguiu-se a categoria dos radioatores, cessaram-se os programas de auditório. Apresentadores, cantores, músicos, redatores, contra-regras e locutores tiveram que se adaptar às novas contigências impostas pelas transformações.
Muitos abandonaram suas carreiras, outros foram buscar alternativas profissionais. Alguns, devido à sua experiência e categoria, continuaram emprestando seu talento ao rádio pós modernidade.
Foi o caso de um dos mais importantes radialistas do Brasil. Glauco Fassheber, dono de uma das mais belas vozes do rádio, atuou profissionalmente como locutor oficial da Presidência da República. Também no cinema, como apresentador do jornal da Atlântida. Depois de um vitorioso início de carreira nas Minas Gerais, Glauco Fassheber coroou seu profissionalismo interpretando as notícias nas edições do Globo No Ar e no Seu Redator Chefe, da Rádio Globo.
Radialista de talento irrefutável e voz marcante, serviu de espelho para muitos que se iniciaram no mundo apaixonante do rádio. Hoje, gozando de justa aposentadoria, Glauco Fassheber se encontra apto e com o mesmo entusiasmo de outrora, para voltar a atividade. Nas palavras do "mestre do microfone" existe no seu coração a vontade e o interesse de passar aos mais novos toda sua experiência e classe adquiridas durante a sua vitoriosa trajetória profissional. "Observo que muitos jovens que se graduam nos cursos de Comunicação Social, são orientados por pessoas que nunca atuaram profissionalmente em nenhuma das mídias, especialmente no rádio", afirmou Glauco Fassheber.
*Édson Oliveira é Jornalista e Radialista em São Gonçalo-RJ
Um comentário:
Glauco Horta Fassheber, nasceu em Juiz de Fora-MG, em 01/04/1934, filho de Rubens Fassheber (1906-1995) e Maria Sabina Horta - dona Bininha (1909-2005), foi casado em primeiras núpcias com Celia Maria da Silva Fassheber, nascida em Cachoeiro de Itapemirim-ES, em 21/03/1941, filha de Carlito Theodoro da Silva (1919-1999) e Maria José Soares da Siva (1920-2006).
Irmãos:
Dele: Lúcio Flávio Horta Fassheber (1938-1972)
Dela: Nasaré Theodoro da Silva e Regina Coeli Theodoro da Silva
Filhos: Soraya Fassheber Navarro de Oliveira (1963) e José Fassheber (1973-1973)
Netos: Bernardo Fassheber Navarro de Oliveira (nascido em Juiz de Fora, MG, em 03 mai 1988, filho de Robinson Moulin Navarro de Oliveira e de Soraya Fassheber Navarro de Oliveira) e Guilherme Fassheber Navarro de Oliveira (nascido em Juiz de Fora, MG, em 24 set 1996, filho de Robinson Moulin Navarro de Oliveira e de Soraya Fassheber Navarro de Oliveira).
Casado em segunda núpcias, com Isabel Orsi, nascida em Biguaçu-SC.
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