quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

MENOPAUSA AUMENTA OS RISCOS PARA A SAÚDE DOS OSSOS

A partir dos 40 anos, a diminuição na produção de um importantehormônio feminino pode gerar graves problemas,muitas vezes irreversíveis. Não há como evitar: todas as mulheres um dia chegam a uma fase da vidaem que inevitavelmente terão que lidar com significativas mudançasfísicas e psicológicas. Com maior ou menor intensidade, elas passam asentir calores inesperados, mudanças recorrentes de humor, disfunçõesde sono e cansaço. Estes são alguns dos sinais mais evidentes dachegada da menopausa, época caracterizada pela última manifestação dasfunções ovarianas, ou seja, a última menstruação. Para muitas mulheres o processo da menopausa começa silenciosamentedepois dos 40, geralmente entre 45 e 55 anos. Nesta fase os níveis deestrógenos, hormônio feminino produzido no ovário, começam a diminuire provocam mudanças no ciclo menstrual, até encerrar totalmente. Oestrogênio começa a ser produzido na adolescência sendo o responsávelpelo aparecimento dos sinais sexuais na mulher, pela textura da pelefeminina, pela distribuição de gordura e está relacionado aoequilíbrio entre as gorduras no sangue. Além disso, é ele que fixa ocálcio nos ossos. "A ausência do estrógeno no organismo faz com que astaxas de cálcio fiquem deficientes, o que gera um grave problema napós-menpausa, a osteoporose", explica o Dr.Nilson Roberto MeloGinecologista, Presidente da Federação Brasileira das Associações deginecologia e Obstetrícia. A doença é marcada pela redução da quantidade e da qualidade da massaóssea e é nos cinco primeiros anos após a menopausa que essa perdaacontece mais rapidamente. A osteoporose é a principal causa defraturas por baixo impacto. "As principais lesões ocorrem na coluna,no quadril e nos pulsos e podem levar a diversas complicações comodores crônicas, dificuldade para locomoção e, conseqüentemente,deterioração da qualidade de vida do paciente", diz o Dr. Nilson. Odiagnóstico é feito através da densitometria óssea, um exame simples eindolor que pode ser descrito como uma "radiografia" do corpo. "Adensitometria pode ser feita a partir da menopausa, como uma dasformas de prevenção", diz o especialista. Embora não tenha cura, o problema é tratável. "As fraturas podem serevitadas com a combinação de mudanças no estilo de vida e tratamentosmédicos. Na terapia à base de remédios, os tratamentos evoluíram muitonos últimos anos. Comprimidos que eram tomados diariamente, hoje jápodem ser tomados a cada semana e até mensalmente, como o ibandronatode sódio", diz o ginecologista e assistente de ginecologia daFaculdade de Medicina do ABC, Dr. Luciano Pompei. A prevenção começa desde cedo. Ter uma dieta rica em cálcio desde ainfância, manter atividade física regular, evitar o uso de álcool efumo certamente são ações que poderão garantir uma "reserva óssea"para quando o corpo precisar. Quanto maior for essa "reserva", menor aprobabilidade de desenvolver a osteoporose. "A mulher que está namenopausa ou já passou por ela deve ficar tranqüila e não temer asdificuldades. Com os cuidados certos é possível encarar uma nova faseda vida com bastante saúde", diz Dr. Luciano Pompei.

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