O jornalista e radialista esportivo Celso Garcia morreu na manhã deste domingo, 23/11, no Rio, vítima de câncer. Celso Garcia era conhecido na carreira como o "Garoto do Placar".
O enterro aconteceu neste domingo, no Cemitério de Inhaúma. O presidente do Flamengo, Márcio Braga, decretou luto oficial de três dias e foi observado um minuto de silêncio antes da partida do Flamengo contra o Cruzeiro, no Mineirão, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, quando o Flamengo perdeu por 3 x 2.
Entre outros feitos, Celso se destacou pela descoberta de Zico, quando o levou para o Flamengo no dia 28 de setembro de 1967.
Zico divulga mensagem lamentando a morte de Celso Garcia
A notícia da morte de seu padrinho e descobridor pegou Zico de surpresa na cidade de Tashkent, no Uzbequistão. O Galinho acabava de desembarcar na capital após o empate em 1 x 1, fora de casa, na última rodada do Campeonato do Uzbequistão conquistado pelo Bunyodkor por antecipação. Foi a esposa Sandra Coimbra que deu a notícia.
Emocionado, Zico declarou:
"Este é um dia muito triste. Celso era uma pessoa especial na minha vida. Além de ser a pessoa mais importante na minha história esportiva, com o passar do tempo ele foi se tornando mais do que um amigo, um membro da nossa família. Era como um filho mais velho do meu pai, que passava quase todo domingo pela minha casa em Quintino antes das transmissões. E acabou virando meu padrinho de casamento com Sandra".
O ex-jogador falou ainda da importância do radialista:
"Celso foi um dos grandes radialistas, um exemplo de comunicador, um guerreiro que viveu drama na vida pessoal com a morte do seu filho vítima de leucemia. Incansável. Deixa uma família estabilizada e muita saudade em todos que o conheceram. Lamento estar longe e não poder dar meu adeus a ele. Lamento muito. Estivemos juntos pela última vez em julho, durante a festa do Juventude de Quintino. Ele estava lá, nunca perdia esse evento".
O comunicado terminou dizendo:
"Vamos sentir saudades do Celso... Já vi muita gente torcer com paixão pelo Flamengo, como eu. Mas o Celso era diferente. Foi o maior rubro-negro que conheci. Pode haver alguém que ame ou tenha amado o clube assim como ele, mas ninguém amava mais o Flamengo do que Celso Garcia. Saudades, padrinho".
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