sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Amor de uma Nação Invisível

Marcelo Toni* Amigos Vascaínos,
Estamos passando por uma das piores tormentas atravessadas pelo nosso amado Clube de Regatas Vasco da Gama. Porém, escrevo esta primeira coluna, mais em tom de nostalgia do que de cobrança ou medo da zona de rebaixamento. Moro em Juiz de Fora, interior de Minas Gerais, cidade bem próxima ao Rio de Janeiro. Nasci em Leopoldina, que também faz parte da Zona da Mata mineira. Meu pai nasceu e morou num sítio próximo a essa cidade. Filho de italiano, em sua infância e adolescência não possuía televisão, apenas um velho rádio, onde todos na casa tinham conhecimento do mundo através dele. E foi através do rádio que ele e meu tio passaram a acompanhar nosso Vasco.
Vocês devem estar se perguntando, e daí? E daí, que quero mostrar a grandeza do Vasco da Gama, pois sou cruz de malta graças a este homem que nunca havia visto o Vasco jogar – seja pela televisão ou ao vivo – mas que se tornou apaixonado escutando os jogos no velho rádio em uma roça, aqui no interior de Minas Gerais. Morar no Rio de Janeiro e poder estar todos os finais de semana em São Januário e no Maracanã deve ser maravilhoso. Mas tenho certeza que meu pai não trocaria sua "fé cega" por esse momento. Imaginem? Ele sabia que Vasco era o time da faixa diagonal e da cruz de malta no peito sem nunca ter visto, ou melhor, fico me perguntando será que ele sabia o que era a cruz de malta? Hoje, pergunto tudo isso ao velho e ele diz que não se recorda muito, acho que é de tanto ver os jogos pela televisão. Porém, ainda há torcedores neste Brasil que são ligados ao nosso clube por apenas um fio – o da paixão! Não são sócios do clube, não são partidários do Eurico ou do Dinamite. Não entendem que possíveis jogadores estejam fazendo corpo mole. Querem apenas escutar ou ver o Vasco brilhar!!!
Orgulho-me de torcer pelo Vasco, pois aprendi a torcer na infância sem ter noção do que era futebol assim como meu pai e meu tio que torciam sem nunca terem visto um jogo. E na minha loucura de torcedor quero acreditar - até o último minuto do segundo tempo do último jogo desse campeonato – que o Vasco não cairá para a Segunda Divisão, mas a razão jornalística que vive em mim não me dá muitas esperanças. Só me resta acreditar que o pesadelo vai acabar rápido e que dias melhores virão e as vitórias em clássicos e os títulos votarão. Quando esse dia chegar, posso estar em São Januário, posso estar vendo na televisão (na qual a maioria sempre viu) ou escutar no velho rádio, como meu pai e meu tio faziam na roça, mas o mais importante será poder bater no peito com orgulho e dizer que torcemos pelo Gigante da Colina Histórica: Nosso Vascão da Gama!
*Marcelo Toni é Jornalista Obs: Publicada no site www.supervasco.com

2 comentários:

Anônimo disse...

Caros vasçaínos, a segundona precisa de um time grande para dar mais emoção e "dim dim" aos seus participantes.Já que voces estão na "portinha" que siga em PAZ.
Ozanan/JF

Saulo disse...

Primeiramente, muito legal o seu blog.
Sobre o Vasco. Está passando por um momento bem ruim, horrível. O time ainda tem chances de rebaixamento, mas eu ainda acho que no final o Vasco escapa dessa.
Mesmo se o Vasco cair para a segunda divisão, não vai deixar de ser um time grande. O Vasco é e sempre será grandioso.