sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O HERÓI E O VILÃO

Tiago Domingos* Ainda estou na fase do video-game. Entre os jogos que mais gosto, tem um de corrida, que considero bem desafiante. Nele, posso ser o melhor piloto de duas formas, sendo "O herói" ou "O vilão", dependendo do meu desempenho nas provas.
É simples: fazendo uma corrida limpa, ultrapassando em situações favoráveis e não dificultando passagem de carros mais rápidos, você ganha pontos de herói. Do contrário, você vai virando vilão. Como eu tenho dificuldades neste jogo, geralmente eu faço as curvas me escorando nos outros carros, jogo eles para fora da pista e até causo alguns acidentes sem querer.
No começo, a tática até funciona, mas no decorrer da temporada, os outros pilotos vão se tornando rivais, dificultando minhas ultrapassagens, fechando meus caminhos e até batendo em mim "involuntariamente". Essa minha fama já chegou a me custar alguns títulos.
Lewis Hamilton parece estar seguindo um caminho parecido. No ano passado, a briga com Alonso motivou a perda da conquista quase certa. Nesta temporada, ele voltou a falar mal do ex-companheiro, chamou Raikkonen de covarde, fêz ultrapassagens forçadas em cima Glock e Webber, esnobou a Ferrari e tem Massa como rival.
Já Felipe Massa faz o fejão-com-arroz, sem irritar ninguém e ganha a torcida dos outros pilotos. Esse fatores, hoje, são detalhes, mas podem definir o campeonato a favor do herói brasileiro.
• • • O GP de Cingapura, primeira corrida noturna da F1, é incógnita. Com um circuito travado e com a possibilidade de chuva, dois fatores favoráveis para McLaren, aposto em Hamilton, seguido por Massa e Kovalainen.
*Tiago Domingos é jornalista da opcom

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