sábado, 5 de julho de 2008

Rio Amazonas

Rio Amazonas é 140 Km mais extenso do que o Nilo. Estudo realizado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), com base em imagens de satélites, indica que o Rio Amazonas é 140 km mais extenso do que o Nilo e, portanto, o maior rio do mundo. A pesquisa foi a primeira a utilizar imagens de satélite para medir ambos os rios e deve colocar um ponto final na antiga discussão sobre qual seria o maior curso de água do planeta Terra.
De acordo com o estudo, o Amazonas tem 6.992,06 quilômetros, contra 6.852,15 do Nilo. Até então, o rio africano era descrito e considerado internacionalmente como o maior do mundo. Segundo o Atlas Geográfico Mundial, a extensão do Nilo é de 6.695 quilômetros. O Amazonas aparece na segunda posição, com 6.515. O coordenador do trabalho, o geólogo Paulo Roberto Martini, 60 anos, disse que as medições anteriores foram feitas sem o uso de metodologias científicas e, portanto, eram imprecisas. Para ele, o resultado do estudo "quebrou um paradigma". - Esse resultado mostra que, às vezes, as verdades mais bem estabelecidas têm que ser revistas porque podem simplesmente não ser verdade - disse. - Pelo menos dessa vez, não temos "acho". Temos um estudo feito com metodologia científica e, por essa leitura, por essa interpretação, pode colocar nos livros que o Amazonas é maior do que o Nilo. Estudo de erosão A determinação das extensões do Amazonas e do Nilo nasceu de um trabalho iniciado na metade da década de 1990, do qual o INPE participou, e que estudou a erosão ao longo do rio sul-americano. O resultado, segundo Martini, apontou que 95% dos sedimentos (terra) despejados pelo Amazonas no oceano Atlântico vinham dos Andes peruanos. Para definir o tamanho dos dois rios, foram utilizadas imagens do satélite norte-americano Landsat distribuídas pela Nasa (a agência espacial dos EUA). Os pesquisadores marcaram o traçado dos dois rios e, em seguida, com a ajuda de um programa de computador, calcularam a extensão desde a nascente até a foz. O Amazonas, segundo o estudo, tem origem na nascente do Rio Apurímac, localizada no alto da parte ocidental da Cordilheira dos Andes, no sul do Peru. De lá até a foz, no oceano Atlântico, são 6.992,06 km. Já a origem do Nilo é a nascente do Rio Kagera, que fica numa região próxima à divisa entre o Burundi e Ruanda, na África. Especialistas já desconfiavam das medidas O Rio Amazonas nasce no Peru e deságua no Oceano Atlântico junto ao Rio Tocantins, no grande Delta do Amazonas, no norte brasileiro. Ao longo de seu percurso em território peruano recebe os nomes de Apa-cheta, Lloqueta, Tunguragua, Maranõn, Apurímac, Ene, Tambo, Ucayali e Amazonas. No Brasil, entra com o nome de Solimões e só volta a se chamar Amazonas quando chega em Manaus. Mesmo antes do estudo realizado pelo INPE, cientistas já acreditavam que o Amazonas era o maior rio do mundo, superando o Nilo. A maior parte de sua bacia hidrográfica está inserida na planície sedimentar amazônica, embora a nascente, em sua totalidade, é acidentada e de grande altitude. Em sua margem, a vegetação ribeirinha é considerada exuberante durante quase todo o seu percurso, predominando as florestas equatoriais da Amazônia. Área coberta por água no rio e seus afluentes mais que triplica durante as estações do ano A área coberta por água no Rio Amazonas e seus afluentes mais do que triplica durante as estações do ano. Em média, durante a seca, 110.000 km2 estão submersos, enquanto na estação das chuvas essa área chega a ser de 350.000 km2. Seu ponto mais largo atinge, na época seca, 11 quilômetros de largura, que se transformam em 50 quilômetros na época das chuvas. Nilo O Rio Nilo, no nordeste do continente africano, nasce ao sul da linha do Equador e passa por nove países até desaguar no Mar Mediterrâneo. Sua bacia hidrográfica abrange Uganda, Tanzânía, Ruanda, Quênia, Congo, Burundi, Sudão, Etiópia e Egito. O Nilo é formado pela confluência de três outros rios, o Nilo Branco (Bahr-el-Abíad) o Nilo Azul (Bahr-el-Azrak) e o Rio Atbara. O Nilo Azul (Bahr-el-Azrak) nasce no Lago Tana (Etiópia), confluindo com o Nilo Branco em Cartum, capital do Sudão. Ao longo do curso do Rio Nilo existem algumas barragens. Entre 1899 e 1902 construiu-se a Barragem de Assuão, que foi alargada duas vezes, em 1911 e 1934. Entre 1959 e 1970, construiu-se a Barragem de Assuã, a cerca de oito quilômetros da primeira. Acredita-se que os antigos egípcios conheciam o Nilo apenas até o ponto de confluência do Nilo Branco com o Nilo Azul, em Cartum. Colaboração: Carlos Macedo

Nenhum comentário: