terça-feira, 24 de junho de 2008

Fluminen F.C.

'Eu estou satisfeito de não ter morrido ainda', diz Pedro Bial

Bernardo Pombo - O Globo Online e Luciano Terra - Extra Online

RIO - Na próxima quarta-feira, milhões de tricolores perderão as unhas diante do nervosismo proporcionado pela primeira final da Libertadores. O Fluminense terá pela frente a LDU, do Equador, e muitos torcedores não escondem a ansiedade pela primeira partida da decisão. Um deles é o jornalista e apresentador Pedro Bial, que do alto da sua paixão clubística revela uma ansiedade de perder o fôlego: "Eu estou satisfeito de não ter morrido ainda". Para Bial, o time do Fluminense é composto por grandes jogadores, sendo que o melhor é o zagueiro selecionável Thiago Silva. "Talvez só daqui a 50 anos apareça no Fluminense um outro jogador como ele". Com vocês, Pedro Bial.

- Em menos de 10 anos, o Fluminense saiu da Terceira Divisão e chegou à decisão da Libertadores. Como você tem vivido esse momento?

- Eu estou satisfeito de não ter morrido ainda. Eu costumo dizer que se eu morrer num jogo como esse (da Libertadores), eu morro feliz. Essa história de recuperação em 10 anos é muito bonita, vivo intensamente. Qualquer resquício de jornalista, isenção, procura de objetividade, eu esqueço. Sou um torcedor apaixonado e me comporto como tal. A história até agora é muito bonita, mas só acaba quando termina.

" O Fluminense é a minha religião "

- Esses jogos eletrizantes do Fluminense alteram a sua rotina de alguma maneira?

- Depois dos jogos eu tenho dificuldade para dormir. Sempre vejo o vídeo-tape do jogo às 2h30 para assimilar de vez o que vivi no estádio. Não chego a alterar a minha rotina porque tenho meus compromissos, mas costumo adaptá-la para não faltar com os compromissos religiosos. O Fluminense é a minha religião.

- Quem é o melhor jogador do Fluminense atualmente?

- Thiago Silva. Talvez só daqui a 50 anos apareça no Fluminense um outro jogador como ele. É realmente fora de série. Existem outros craques. Temos o luxo de ter o Dodô no banco, o Conca que é extraordinário, o Thiago Neves que pode vir a ser um craque. Gosto muito do Gabriel. Acho muito bacana esse desejo estético, ele não faz nada que não tenha muita categoria. O Luiz Alberto cresceu muito. O Junior Cesar tem um fôlego inacreditável. Amo o Arouca. Temos um patinho feio, mas que pela entrega temos que apoiar que é o Ygor. O Washington tem uma história linda de superação. E não poderia esquecer do melhor jogador da Libertadores até agora. O Fernando Henrique ganhou maturidade, hoje é um grande goleiro. É um dos grandes nomes dessa campanha histórica.

- Qual é a melhor tática para o Fluminense nesse primeiro jogo da final em Quito?

- Primeiro a torcida não deve ter a expectativa de ver um jogo bonito. O jogo contra o São Paulo, no Maracanã, e as duas partidas contra o Boca Juniors foram lindas. Agora vamos encarar um ferrolho e um jogo feio. É bom lembrar que a gente tomou pressão da LDU no primeiro tempo da partida de estréia, na primeira fase da Libertadores. No segundo tempo, nós demos um show e fomos garfados com aquela bola que o goleiro saiu três metros da área. Aqui eles vieram com os reservas. Não tem nada decidido. Mas acho que estamos com a cabeça no lugar. O Renato tem o grande mérito de fazer o pessoal se concentrar.

- " Talvez só daqui a 50 anos apareça no Fluminense um outro jogador como Thiago Silva "

- O que Nelson Rodrigues diria num momento como esse?

- Não me atrevo a parafrasear o Nelson Rodrigues, mas ele sempre disse que o Fluminense tem a vocação da eternidade e isso está provado.

- Se você fosse resumir a campanha do Fluminense até agora na Libertadores em um adjetivo, qual seria?

- Ainda não terminou, portanto seria inconclusa. Se for campeão, estupenda

Colaboração: Alexandre Magno Barreto Berwanger

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