sábado, 26 de abril de 2008

Operação Pasárgada

Bejani se defende e diz que vai provar a origem do dinheiro. O prefeito acusa o INSS pelo desvio da verba do FPM Priscila Magalhães - Repórter

Em arquivo: Retrospectiva do caso Bejani Após retomar o cargo na Prefeitura de Juiz de Fora, na última quinta-feira, 24 de abril, o prefeito Alberto Bejani afirmou que vai provar sua inocência. Em entrevista concedida, à TV Alterosa de Juiz de Fora, veiculada na sexta-feira, 25 de abril, Bejani garantiu ainda que vai mostrar todos os documentos, comprovando que o dinheiro encontrado em sua casa é legal. A quantia de R$ 1,2 milhões foi encontrada no último dia 09 de abril, quando o prefeito foi preso, acusado de desvio de verbas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

"Não faço isso agora, porque vai contra meus advogados. Eles acham que ainda não é o momento. Na semana que vem vamos apresentá-los", ressaltou Bejani na entrevista. Segundo Bejani, sua prisão não foi legal, já que os três primeiros dias, referentes à Operação Pasárgada, foram considerados ilegais para todos os prefeitos, e os outros 11 foram definidos dessa maneira pela alta corte do Tribunal de Justiça de Minas (TJMG). "Foram cinco votos dos desembargadores do Tribunal dizendo que minha prisão foi ilegal e que a arma deveria ser devolvida". Segundo Bejani, todas as cinco armas encontradas em sua casa foram levadas para a Polícia Federal. Ele garante que não estava armado quando a polícia chegou em sua casa, por isso, a acusação de porte ilegal de armas não é correta. "Eu não estava portando armas. Estava de posse delas". Bejani ainda garante que todas elas haviam sido levadas para registrar uma semana antes à operação da PF, o que não foi possível, porque uma pendência, em seu nome, foi encontrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). "Então, as armas foram devolvidas para que eu acabasse com a pendência". Bejani conta que, no dia da prisão, abriu a porta de sua casa para a PF por livre e espontânea vontade. "Fui acordado às 6h. O delegado foi muito educado e leu meus direitos. Então, entrou na minha casa e permitiu que minha mulher, que ainda estava deitada, levasse meus filhos menores para outro quarto". O prefeito garante que a responsabilidade pelo desvio da verba do FPM não é dos prefeitos investigados, mas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). "O INSS diz que estávamos roubando deles, mas eles é que tiravam 3% a mais do município. Nós conseguimos brecar isso através da justiça". Sobre as condições da penitenciária Nelson Hungria, onde esteve preso por 14 dias, Bejani diz que quer conversar com o governador Aécio Neves. "Nem quem deve, precisa permanecer em um lugar desse. O preso tem que ser recuperado e não piorado". Segundo ele, as condições são péssimas. "Fiquei em uma cela onde não havia vaso sanitário, somente um buraco no fundo da cela", comentou. Sobre sua possível candidatura para a próxima eleição Municipal ele disse: "Não estou preocupado em eleição. Meu futuro a Deus pertence."

Fonte: http://www.acessa.com.br/

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