sábado, 12 de julho de 2025

Notável personalidade da medicina

Gil Horta nasceu em Rio Pomba/MG, em 23 de maio de 1912.

Família
Filho do Major Arthur Vieira Horta e de Maria Rodrigues Horta, casado com Yonne Dutra de Moraes Horta (1915/1988), o casal teve cinco filhos:
Fernando Dutra de Moraes Horta (1940/2018), Arthur Dutra de Moraes Horta (nascido em 1942), Guilherme Dutra de Moraes Horta (nascido em 1945), Gilca Dutra de Morais Horta (1947/2023) e Leonardo Dutra de Moraes Horta (nascido em 1952).

Estudos
Estudou no Instituto Granbery da Igreja Metodista de Juiz de Fora.

Formação
Formou-se médico em 15 de dezembro de 1936 pela Escola de Medicina e Cirurgia do Instituto Hahnemanniano do Brasil, no Rio de Janeiro, hoje parte da Unirio.

Carreira
Iniciou sua carreira em Juiz de Fora como assistente do Dr. João Villaça, especializando-se em clínica geral e ginecologia. Atuou também como médico do Iapetec, do Instituto Granbery e da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

Filantropia
Com forte vocação humanitária, dedicou-se ao atendimento das classes populares, especialmente na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, onde usava recursos próprios para adquirir equipamentos e medicamentos. Criou uma conta em farmácia para garantir cuidados a quem não podia pagar. Ao
mesmo tempo, sua clínica particular era frequentada por pacientes da elite econômica da cidade, que buscavam seu atendimento qualificado e sua abordagem respeitosa e acolhedora.

Segunda Guerra
Em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, foi convocado como Segundo Tenente do Exército e chegou a se apresentar para embarque com a Força Expedicionária Brasileira (FEB), mas não foi enviado à Itália.

Parto natural
Foi um defensor do parto natural e dos direitos reprodutivos, desenvolvendo um método próprio de “parto sem dor” que aplicava tanto na Santa Casa quanto em sua clínica. Combateu a prática abusiva de cesarianas, baseando-se em dados comparativos entre o Brasil e outros países, e foi pioneiro em Juiz
de Fora no uso do colposcópio para prevenção do câncer ginecológico.

Professor
Em 13 de novembro de 1952, teve seu currículo aprovado para a cátedra de “Clínica Propedêutica Cirúrgica” da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAMED.

Futebol
Torcedor do Fluminense e do Tupi Futebol Clube, presidiu o Conselho Deliberativo do Tupi e prestou atendimento médico à Liga de Desportos de Juiz de Fora (LDJF) e a diversos grêmios esportivos da cidade.

Dr. Gil Horta morreu em Juiz de Fora, aos 46 anos, em 12 de abril de 1959, vítima de enfarte e seu cortejo fúnebre foi acompanhado a pé por uma multidão, da residência na rua Antônio Dias Tostes até o Cemitério Municipal de Nossa Senhora Aparecida, no bairro do Poço Rico. .


Notas
- O filho Arthur, casado com Cecília Eugenia Rocha Horta, lhe deu o primeiro neto - Gil Horta Neto - nascido em em Juiz de Fora em 11 de fevereiro de 1971. Gil formou-se pela Universidade da Califórnia e trabalha na multinacional Expeditors, em Los Angeles. Casado, pai de dois filhos, vive com sua família na cidade de Manhattan Beach, na Califórnia.

- O filho Guilherme, casado com Virgínia Monachesi Horta, filha de Walter Monachesi (1931/2022) e neta de Francisco Queiroz Caputo (1901/1992), torcedor do Fluminense e do Tupi, é formado em Agronomia.

- A filha Gilca, foi registrado com “i”, grafando-se Morais.

Rua
- Seu nome foi dado a uma rua da região central  da cidade pela Lei no 1.373, de 30 de janeiro de 1961, sancionada pelo então prefeito Olavo Costa (1901/1967).


CONSIDERAÇÕES
Mais de seis décadas após sua morte, sua memória continua viva, inclusive em relatos espirituais atribuídos a ele em centros espíritas, apesar de ter sido católico em vida.

É lembrado como médico, professor, cidadão e humanista, cuja trajetória inspira até os dias atuais os movimentos pela humanização do parto e da medicina no Brasil.

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