Clara Nunes (Clara Francisca Gonçalves Pinheiro) nasceu no Cedro, atual cidade de Caetanópolis, na época distrito de Paraopeba em 12 de agosto de 1942.
Família
Mais jovem dos sete filhos (José, Maria, Ana Filomena, Vicentina, Branca e Joaquim) do casal Manuel Pereira de Araújo e Amélia Gonçalves Nunes.
Orfã
Manuel Pereira de Araújo, o "Mané Serrador", marceneiro, que trabalhava na fábrica de tecidos Cedro & Cachoeira, morreu vítima de atropelamento em 1944, e Amélia Gonçalves Nunes, morreu de câncer em 1948. Aos seis anos, Clara, já órfã de pais, foi criada por sua irmã Maria, apelidada de Dindinha, e por seu irmão José, conhecido como Zé Chilau.
Belo Horizonte
Em 1957 mudou-se para a capital do estado, indo morar com parentes no bairro Renascença, região nordeste da cidade. Lá, conseguiu emprego numa fábrica de tecidos. Em 1961, com vocação musical, se apresentou na Rádio Inconfidência.
Rio de Janeiro
Em 1965 mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro. Na cidade maravilhosa, pegou amor pela Porte e gravou 16 discos.
Discografia
Gravou 16 discos (LP), 92 compactos simples e uma coletânea, num total de 255 músicas.
Após seu falecimento em 1983, doze coletâneas foram lançadas, além de sete tributos e um DVD.
Maiores sucessos
Você passa, eu acho graça (samba, 1968) – Carlos Imperial e Ataulfo Alves,
Alvorada no morro (samba, 1968) – Cartola, Carlos Cachaça e Hermínio Bello de Carvalho,
Ê baiana (samba, 1971) – Fabrício Silva, Baianinho, Ênio Santos e Miguel Pancrácio,
Tristeza, pé no chão (samba, 1973) – Armando Fernandes de Aguiar*,
Meu Sapato Já Furou (samba, 1974) – Elton Medeiros e Mauro Duarte,
Conto de areia (samba, 1974) – Romildo Bastos e Toninho,
Juízo Final (samba, 1975) – Nelson Cavaquinho e Elcio Soares,
Mente (samba, 1978) – Paulo Vanzolini e Eduardo Gudin,
Peixe com coco (samba, 1980) – Alberto Lonato, Josias e Maceió,
Portela na Avenida (samba, 1982) – Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro,
Morena de Angola - samba - 1981) - Chico Buarque.
Obs: Armando Fernandes de Aguiar, o Mamão, nasceu em Juiz de Fora em 24 de agosto de 1938.
Biografias
"Clara Nunes - Guerreira da Utopia",
" Clara Nunes - Guerreira"
"Clara Nunes e a performance da fé",
"Clara Nunes: Nas memórias de sua irmã dindinha Mariquita",
"O mistério da terra de Clara Nunes"
Clara Nunes morreu no Rio de Janeiro, aos 40 anos, em 02 de abril de 1983, vítima de choque anafilático, após submeter a uma cirurgia de varizes.
Carnaval
Em 1984, com o enredo "Contos de Areia", a Portela faz uma homenagem à Clara Nunes, sendo campeã naquele ano, juntamente com a Estação Primeira de Mangueira.
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