Dormevilly Nóbrega nasceu em 17 de dezembro de 1921, em Três Corações-MG. Filho de José Ferreira da Nóbrega e de Rita Paulino de Souza Nóbrega. Foi casado com a pernambucana nascida em na cidade de Escada, Darcylia Braga de Nóbrega (1922/1978). Pai do advogado Dormevilly Nóbrega Júnior (nascido no Recife-PE em 23 de março de 1944 e falecido em Juiz de Fora, aos 71 anos, em de 2015), do administrador de empresas, Daury Nóbrega nascido no Recife-PE, em 25 de março de 1946 e do compositor, cantor, violonista, arranjador, roteirista, redator e tradutor, Daltony Nóbrega, nascido em Juiz de Fora, em 27 de julho de 1948.
Foi o fundador do Museu da Imagem e do Som de Juiz de Fora, cidade que escolheu, depois, para residir. Foi jornalista no Rio e em São Paulo, além de Recife, onde conheceu Darcylia, a professora primária com quem se casou e teve três filhos. Foi cantor de boate, rádio e seresta, professor de Português, Geografia e Desenho. Serviu ao Exército durante a 02ª Guerra Mundial mas sua primeira paixão sempre foi o jornalismo. Começou como tipógrafo, aos 13 anos, na "Folha Mineira". Foi vereador e é considerado um dos maiores historiadores de Juiz de Fora,
Carreira
Veio para Juiz de Fora em 1932, foi figurinista, rádio-técnico, e aprendeu com o avô marceneiro a pintar e esculpir. Foi cantor de rádio e seresteiro, além de professor de português, geografia e desenho. Mas foi no jornalismo que ele muito se dedicou. Começou como tipógrafo aos 13 anos na Folha Mineira. Aos 16, já era repórter. Trabalhou também nos jornais Gazeta Comercial e Diário Mercantil, e na revista Marília. Como jornalista, trabalhou ainda em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.
Vida pública
Como servidor público, atuou na Prefeitura e na Câmara Municipal de Juiz de Fora. Nomeado pelo governador Magalhães Pinto, atuou como Intendente do município de Belmiro Braga, tendo assessorado o primeiro prefeito da cidade. Artista plástico formado pela Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras. Membro-fundador da Academia de Letras de Juiz de Fora e do Instituto Histórico e Geográfico de Juiz de Fora. Publicou diversos livros, entre poesias, ensaios, biografias, crônicas e coletâneas de autores do município.
Condecorações
Sua dedicação à preservação da memória da cidade rendeu-lhe os títulos de Cidadão Honorário de Juiz de Fora (1954), a Medalha do Mérito Comendador Henrique Guilherme Fernando Halfeld (1984) e a Medalha do Sesquicentenário de JF (2003).
Obras publicadas
“Sombras e penumbras” (1950); “Bailado das bonecas” (1954);
“Cartas de um poeta desesperado” (1955);
“Ânsia de descobrir caminhos” (1957);
“Teares da madrugada” (1959);
“Trilogia para Darcylia e outros poemas que não rasguei” (1981);
“Sátiras de Belmiro Braga” (ensaio, 1958);
“O ufanismo de Afonso Celso e o nacionalismo atual” (conferência, 1960);
“Os santos também morrem” (biografia de Hermenegildo Rodrigues Villaça, 1960);
“A casa do imperador” (monografia, 1977);
“Juiz de Fora, sinais de uma história”, in Artistas de Juiz de Fora (1978);
“Carnaval, anotações para sua história”, in Carnaval 79 Adeus Avenida (1979);
“Poesia em Juiz de Fora – Coletânea” (organizou e participou, 1981),
“Prosadores de Juiz de Fora”, coletânea volume I (organizou, 1982);
“José Eutrópio” (biografia, 1987);
“Duque Bicalho” (biografia, 1987);
“Juiz de Fora em dois tempos” (série de artigos publicados durante o mês de maio, no jornal Tribuna da Tarde, em 1989);
“Revendo o passado 1ª série” (1997);
“Revendo o passado 2ª série” ( 1998);
“Revendo o passado 3ª Série” (2001).
Coletâneas que participou:
“Letras da cidade” (2002) e Baú de Letras.
Dormevilly Nóbrega morreu em Juiz de Fora, aos 81 anos, em 18 de abril de 2003, exatos 25 anosa pós o falecimento de sua esposa Darcylia, ocorrido em 18 de abril de 1978, vítima de um atropelamento, ocorrido em 16 de abril, na rua Floriano Peixoto, próximo à rua Batista de Oliveira, no centro de Juiz de Fora..
Obs: É nome de rua no bairro Colina das Fontes.
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