terça-feira, 20 de dezembro de 2016

A crise na radiodifusão

Os funcionários da SA Rádio Tupi do Rio de Janeiro, 96.5 no FM e 1280 no AM, voltaram a fazer greve por causa dos salários atrasados. Com apoio dos Sindicatos dos Radialistas e dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro, os trabalhadores iniciaram 48 horas de paralisação por falta de pagamento, cumpridas das 00h de segunda-feira, 19/12, às 00h de quarta-feira, 21/12.

De acordo com os sindicatos, o problema com a falta de pagamento começou há um ano e meio, desde então os trabalhadores da rádio vêm recebendo salários em parcelas aleatórias. O 13º do ano passado não foi pago, tampouco o deste ano. A situação se agravou com o não-pagamento dos últimos cinco meses e 15 dias de salários, e a consequente precarização do trabalho.

CONSIDERAÇÕES
A Tupi está pagando o preço por não ter explorando o mercado publicitário como deveria, aliando qualidade, talento dos profissionais e audiência. Ficou muito dependente do governo, o que é muito ruim no setor de comunicação. Com a falência do governo e as mazelas vindo a tona, tudo isso aliado à crise econômica e financeira do país, o desfecho está aí, na mais cruel realidade. Isso, numa avaliação à distância e diante dos fatos expostos.
A crise chegou ao ponto de que nas capitais e no interior, radialistas que estão de férias nesse período ímpar, de natal e ano novo, não sabem se retornam ao trabalho. Muitos não voltam, se voltar, vai receber com feliz 2017, o aviso prévio. Alguns tentaram negociar, adiar, empurrar as férias para o carnaval, mesmo sendo dezembro e janeiro, os meses cobiçados pelas famílias para as férias. Poucos conseguiram. Dos que saíram em dezembro, alguns, ligam constantemente para as emissoras, principalmente para o RH, na tentativa de ouvir que não estão na lista de demitidos. Sabemos que no interior muitos "radiodifusores" estão aproveitando o período das demissões nas capitais e enxugando seus quadros. Aqueles maus patrões, em que o radialista mesmo fazendo duas oi mais funções (locutor\operador, locutor\corretor, locutor\administrativo etc), esses, ignoram a lei é só pagam por uma função. Outros, sequer, fazem acordo com os sindicatos, e não obedecem o piso da categoria, pagando salário mínimo ou por hora trabalhada. Todo radialista deveria conhecer a Lei nº 6.615, de 16 de dezembro de 1978.


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