Os funcionários da SA Rádio Tupi do Rio de Janeiro, 96.5 no FM e
1280 no AM, voltaram a fazer greve por causa dos salários atrasados. Com apoio
dos Sindicatos dos Radialistas e dos Jornalistas do Município do Rio de
Janeiro, os trabalhadores iniciaram 48 horas de paralisação por falta de pagamento,
cumpridas das 00h de segunda-feira, 19/12, às 00h de quarta-feira, 21/12.
De
acordo com os sindicatos, o problema com a falta de pagamento começou há um ano
e meio, desde então os trabalhadores da rádio vêm recebendo salários em
parcelas aleatórias. O 13º do ano passado não foi pago, tampouco o deste ano. A
situação se agravou com o não-pagamento dos últimos cinco meses e 15 dias de
salários, e a consequente precarização do trabalho.
CONSIDERAÇÕES
A
Tupi está pagando o preço por não ter explorando o mercado publicitário como
deveria, aliando qualidade, talento dos profissionais e audiência. Ficou muito
dependente do governo, o que é muito ruim no setor de comunicação. Com a
falência do governo e as mazelas vindo a tona, tudo isso aliado à crise econômica
e financeira do país, o desfecho está aí, na mais cruel realidade. Isso, numa
avaliação à distância e diante dos fatos expostos.
A
crise chegou ao ponto de que nas capitais e no interior, radialistas que estão
de férias nesse período ímpar, de natal e ano novo, não sabem se retornam ao
trabalho. Muitos não voltam, se voltar, vai receber com feliz 2017, o aviso
prévio. Alguns tentaram negociar, adiar, empurrar as férias para o carnaval,
mesmo sendo dezembro e janeiro, os meses cobiçados pelas famílias para as
férias. Poucos conseguiram. Dos que saíram em dezembro, alguns, ligam
constantemente para as emissoras, principalmente para o RH, na tentativa de
ouvir que não estão na lista de demitidos. Sabemos que no interior muitos
"radiodifusores" estão aproveitando o período das demissões nas
capitais e enxugando seus quadros. Aqueles maus patrões, em que o radialista
mesmo fazendo duas oi mais funções (locutor\operador, locutor\corretor,
locutor\administrativo etc), esses, ignoram a lei é só pagam por uma função.
Outros, sequer, fazem acordo com os sindicatos, e não obedecem o piso da
categoria, pagando salário mínimo ou por hora trabalhada. Todo radialista
deveria conhecer a Lei nº 6.615, de 16 de dezembro de 1978.
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