sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Literatura

“Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-PE – Sesquicentenário (1868/2018)”

A história de fé da Igreja de São João do Araripe, no município de Exu, no Sertão pernambucano, é contada pela primeira vez em livro, de Thereza Oldam de Alencar. A obra, remonta a trajetória do Barão de Exu, bisavô da autora, que construiu a igreja como pagamento de uma promessa ao santo, e relembra as tradições e festejos até os dias atuais. Thereza escreveu o livro à mão, durante quatro anos de pesquisas e entrevistas.

Contada em 12 capítulos, a história começa com a chegada dos Alencar, vindos de Portugal, ainda no século XVII, e chega ao Barão de Exu, Gualter Martiniano de Alencar Araripe (1822/1889), nas fazendas Araripe e Caiçara. Com o “caos de dor” trazido pela epidemia de cólera no Crato, vizinho a Exu, entre 1862 e 1864, o Barão fez uma promessa a São João, para que a doença não se alastrasse por seu povo. Com a graça alcançada, o fazendeiro iniciou a construção da igreja, inaugurada na véspera do Dia de São João em 1868. Em seu testamento, deixou expresso que seus descendentes cuidassem da igreja.

A autora faz um passeio detalhados sobre esses 150 anos, misturando a história dos Alencar, dos Gonzaga, do município de Exu e do povoado do Araripe. Sua última parte, intitulada “Memorial Idílico do Araripe”, conta com depoimentos de 33 personalidades da região ou que têm uma relação de carinho com o lugar. Entre eles, o jornalista Francisco José e Dominique Dreyfus, biógrafa francesa de Luiz Gonzaga.

O livro tem prefácio escrito pelo advogado Dario Peixoto, filho de Thereza, e orelha da capa escrita pelo ator e humorista piauiense João Claudio Moreno. A contracapa tem autoria do marido da autora, Francisco Givaldo Peixoto de Carvalho, também escritor. E a orelha da contracapa, com perfil biográfico da autora, foi escrito pelo poeta e escritor cearense José Peixoto Júnior.  

A autora 
Thereza Oldam de Alencar é mestra em Educação Básica, formada pelo Colégio Santa Tereza de Jesus, no Crato (CE), e doutora em Letras pela Faculdade de Formação de Professores de Petrolina (PE).
Em 2011, publicou seu primeiro livro “Exu – Três séculos de história”. Condensou, ainda, em livros, memórias de seu pai, Antholiano Ayres Peixoto de Alencar, e de sua mãe, Maria Geralda de Alencar.

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