E 1981? Foi apenas um jogo de verão no rigoroso inverno do Japão. Foi torneio? Não. Para ser torneio, precisa ter três o mais participantes.
As novas gerações, os nascidos de 1977, 1978 para cá foram enganados, ludibriados com a frase: "Flamengo é campeão mundial de clubes". Quem não ouvia a frase após uma vitória do Flamengo contra qualquer adversário: 'Estamos rumo a Tóquio".
Só inverdades, porque esse título, patrocinado por uma montadora de automóveis do Japão era uma taça interclubes, disputada pelo vencedor da América do Sul e da Europa. Não podemos omitir que os dois representantes da Argentina na competição foram com times alternativos no rescaldo de um pais devassado pela Guerra das Malvinas, ocorrida em 1980. Além do vexame do Serra Dourada. E o Cobreloa? Sumiu. Ninguém mais viu.
Com esse orçamento (de fonte duvidosa), que representa metade do orçamento do Liverpool, o Flamengo, devo reconhecer, mesmo não sendo essa brantemp que vendiam, superou metas, extrapolou patamares. Mas não podemos esquecer que estamos no Brasil, um país atrasado, com um abismo gigantesco entre pobres ricos. Uma população equivalente a cidade de São Paulo, desempregada. Uma população superior a da cidade de Santos Dumont (50 mil), que morre, vítima do trânsito.
As conquistas do Flamengo em terras tupiniquin não são só por sua decantada "reorganização financeira", e sim pela mediocridade, falta de gestão, transparência, seriedade e honestidade de de seus adversários. Adjetivos nos quais incluo o clube do qual sou simpatizante, o Fluminense. As denúncias dos bastidores do Internacional e do Cruzeiro, dois gigantes do futebol nacional, corroboram com as teses aqui citadas e defendidas.
O apoio maciço da grande mídia ao Flamengo (apoio dado em função do seu grande número de torcedor/consumidor) não pode ofuscaras mazelas por aqui existentes. Aqui não é Alemanha com dois clubes (Bayer e Borrússia), Espanha (Real Madrid e Barcelona), França (PSG e mais um, se achar). Aqui é um país de dimensões continentais que não se remete a Rio e São Paulo.
O Paraná, com as conquistas do Atlético está entrando no mapa do futebol. Belo Horizonte (mesmo com esse vexame do Cruzeiro) e Porto Alegre, já fazem parte. Goiás em 2020 terádois representantes. Salvador, Recife, Fortaleza, Belém não podem ficar forad a Série A do futebol Brasileiro. E com 20 participantes, ficam. Há!Mas na Itália são 20, na Espanha 18. Sim, mas esses países cabem dentro de Minas Gerais e ainda sobra espaço. Aqui é outra cultura, outro mundo.
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