domingo, 15 de julho de 2018

Copas do Mundo

Rússia 2018
São 21 edições de Copas do Mundo, em 88 anos, sendo a primeira Copa em 1930 no Uruguai.
Nesse período de 88 anos o mapa-mundi sofreu profundas alterações.

A Fifa conta 79 países que já participaram dos Mundiais, mas seis deles já não existem mais na configuração antiga, tendo sido divididos, absorvidos ou se tornado independentes. E o sétimo deles, o Zaire, também não existe mais com esse nome

Tchecoslováquia (08 Copas) 
O mais bem-sucedido país da história das Copas que deixou de existir --na verdade, se dividiu em dois-- é a Tchecoslováquia, que competiu em oito Mundiais entre 1934 e 1990. O país se tornou independente do Império Austro-Húngaro em 1918 e, durante a Guerra Fria, foi um estado socialista aliado da União Soviética. Sua seleção foi vice-campeã em 1934 e 1962, perdendo as finais para Itália e Brasil, respectivamente --com Pelé machucado,  Garrincha comandou o time bicampeão mundial. Tchecos e eslovacos, marcado por diferenças étnicas, culturais e econômicas, se separaram pacificamente em 1993, após a queda do comunismo. Desde então, a República Tcheca, em 2006, e  e Eslováquia, em 2010, disputaram uma Copa cada uma. A seleção da República Tcheca é considerada pela Fifa como a sucessora da Tchecoslováquia e herdou as marcas de sucesso antiga equipe unificada nas Copas.

Iugoslávia (08 Copas) 
A antiga Iugoslávia jogou oito Copas entre 1930 e 1990 e chegou a duas semifinais, em 1930 e 1962. Depois disso, cinco seleções decorrentes da antiga Iugoslávia jogaram Mundiais: Bósnia (uma vez); Sérvia e Montenegro, Sérvia e Eslovênia (duas vezes cada uma); e Croácia, a mais bem-sucedida, que se classificou para cinco Copas e foi semifinalista em 1998. Macedônia e Kosovo, que não disputaram Copas, também são remanescentes da Iugoslávia.

União Soviética (07 Copas) 
Antecessora da atual seleção Russa, o time soviético nunca foi exatamente uma potência na Copa do Mundo, tendo como melhor resultado a semifinal no Mundial da Inglaterra, em 1966. Mas a URSS foi presença  constante nas Copas entre 1958 e 1990, participando de sete edições. Também consagrou o goleiro Lev Iashin, apelidado de Aranha Negra, que jogou quatro Mundiais. Em 1958, ele foi o goleiro do jogo em que o futuro campeão Brasil  venceu os soviéticos por 2 a 0, na partida que marcou a estreia de Pelé e Garrincha em Copas. Com a queda do regime soviético, em 1991, a Rússia herdou os resultados da URSS, mas perdeu os talentos de outras repúblicas, como a Ucrânia, que chegou às quartas de final em sua única classificação para a Copa, em 2006. Desde então, o melhor desempenho do time russo foi nessa copa de 2018.

Iugoslávia/Sérvia e Montenegro (02 Copas) 
Ao contrário das outras repúblicas que faziam parte da antiga Iugoslávia, Sérvia e Montenegro permaneceram como um mesmo país (e seleção) entre 1992 e 2006, jogando duas Copas nesse período. 

Em 1998, ainda sob o nome Iugoslávia, parou nas oitavas de final; em 2006, foi eliminada na primeira fase perdendo os três jogos, dias depois de Montenegro aprovar, em referendo, sua separação da Sérvia. Dessa maneira, o país jogou a  a Copa de 2006 quando, oficialmente, não existia mais. A atual seleção da Sérvia, eliminada pelo Brasil em 2018, é apontada pela Fifa como a herdeira dos resultados tanto da antiga seleção iugoslava quanto de Sérvia e Montenegro.


Alemanha Oriental (01 Copa) 
A Alemanha Oriental surgiu após a Segunda Guerra Mundial, com o fim do regime nazista, quando o território alemão foi ocupado pelos aliados (EUA, França, Reino Unido e União Soviética) e depois dividido  entre o oeste capitalista e o leste comunista, sob influência da URSS. A seleção oriental conseguiu apenas uma classificação para a Copa, em 1974, com sede justamente na Alemanha Ocidental. E o sorteio ainda teve a proeza de colocar as duas Alemanhas no mesmo grupo na primeira fase. Diante de 60 mil pessoas em Hamburgo, a Alemanha Oriental conseguiu uma vitória histórica por 1 a 0 em cima do time ocidental, que mais tarde seria campeão, mas foi eliminada na f ase seguinte. O regime comunista caiu em 1989 e a Alemanha Oriental acabou "absorvida" pelo governo capitalista do lado ocidental, levando à reunificação do país em 1990. Até hoje a Alemanha Oriental é a única seleção "extinta" da história das Copas, já que ninguém herdou seus resultados nas estatísticas oficiais. 

Índias Orientais Holandesas (01 Copa) 
As Índias Orientais Holandesas eram uma colônia que se tornaria independente em 1949, após a Segunda Guerra Mundial, adotando o nome de Indonésia. Mas, ainda como uma colônia da Holanda, a equipe disputou a Copa de 1938, na França, sendo a primeira representante asiática da história dos Mundiais. 

O desempenho foi o esperado para a estrutura do país, numa época em que o futebol era ainda mais centralizado em europeus e sul-americanos. O time caiu por 6 a 0 diante da Hungria, vice-campeã daquela Copa. Como ainda não existia  fase de grupos, essa foi a única partida das Índias Orientais Holandesas em Mundiais. É também a única participação da Indonésia, que nunca mais conseguiu se classificar para a Copa mas aparece nas estatísticas por ter herdado os resultados da antiga colônia.

Zaire (01 Copa) 
A inclusão do Zaire na lista se deve ao fato de o país não existir mais sob esse nome desde sua única participação em Copas, em 1974, na Alemanha. Antes chamada de República Democrática do Congo, a ex-colônia da Bélgica se tornou Zaire em 1971. Em 1997, após uma troca de regimes ditatoriais, o país adotou novamente o nome República Democrática do Congo, que mantéma até hoje.

Primeira seleção da África Subsaariana a se classificar para a Copa, o Zaire perdeu de Escócia, Iugoslávia e Brasil na primeira fase da Copa de 74. A derrota diante dos iugoslavos, pelo elástico placar de 9 a 0, é uma das maiores  goleadas da história dos Mundiais.

Países que podem desaparecer ou surgir para os próximos mundiaias
Reino da Bélgica: Flandes (holandesa), ao norte, com 59% da população, Valônia (francesa), ao sul, com 40% da população e mais 01% da população, a leste, de origem alemã. A capital do Reino, Bruxelas, é bilingue (holandês/francês)

Essa divisão linguística causa conflitos na Bélgica; em Flandres há atualmente um número importante de pessoas querendo se separar da Valónia, não só por motivos de diferença linguística, mas também por causa de incompatibilidade econômica. Alguns querem um federalismo muito avançado, outros a independência e ainda outros querem se unir aos Países Baixos (Holanda).

a cidade de Namur, a capital econômica é Liège, a capital culural é Mons, Charleroi é a capital sociale e Verviers para a água.


Espanha/Catalunha
A Catalunha, região rica no leste da Espanha luta por sua independência e por consequência, sua capital em Barcelona e seu idioma oficial, o Catalão.

Canadá/ Quebec
Canadá (inglês) e Quebec (francês). Com uma possível divisão, o Canadá permanecerá com sua capital em Ottawa, com com 76% do território e Toronto e Vancouver as cidades mais populosas. Já o Quebec, com a capital na cidade de Quebec, ficaria com 24% do território e tendo em Montreal a sua cidade mais populosa..

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