terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Eu, Paraoquena

     por Teresa Mota*
Sou pequena, mas nunca fui insignificante. No passado fui berço de gente rica e valente. Fui transitada por senhores fazendeiros, por mulheres belas e educadas. O progresso era presente, com farmácia, padaria, hotel, cooperativa e o trem que carregava passageiros em suas andanças. Toda essa trajetória de meu passado está guardada com muita saudade na cabeça e no coração de cada um que viveu aquele passado tranquilo e diferente. Agora no presente o comércio foi atraído longe em busca de dinheiro, os jovens em busca de futuro melhor e novos horizontes. Para meus antigos moradores o passado é distante, pois tudo mudou ou quase tudo, graças a Deus ainda não me tiraram a beleza natural que a natureza fez. Estão tentando. Espero que não consigam me transformar em pedras. E o meu futuro? Não sei. Espero sempre a visita daqueles que um dia partiram. O meu orgulho maior é saber que aqueles que foram e não puderam voltar, gravaram o meu nome no coração de cada um. Sei que cada morador, presente ou ausente me ama. Cada um com um amor diferente. Tenho certeza que aqueles que me amaram no passado, me amam no presente. Sou e sempre serei o melhor lugar do mundo. Peça aos Paraoquenenses ausentes: voltem a me visitar! Estarei sempre de braços abertos para recebê-los. 
- Paraoquena - 07º distrito de Santo Antonio de Pádua, no Noroeste Fluminense.
*Teresa Mota é uma Paraoquenense de alma e de coração

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