sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Black Friday

Como o próprio nome diz, o Dia de Ação de Graças é um dia onde as pessoas se juntam e se dedicam a demonstrar sua gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas durante o último ano. Surgiu nos EUA em 1620 e 1621, em Plymouth, Massachusetts, quando, após uma frustração de safra, veio, no ano seguinte, uma colheita abundante e, para comemorar, se reuniu as famílias em volta de uma mesa de fartura. Foi oficializada em 1863, pelo presidente Abraham Lincoln, como a 4ª quarta-feira do mês de novembro.
É também um momento para expressar carinho pelos seus amigos e familiares. É um dos feriados mais importantes dos Estados Unidos e no Canadá, juntamente com o Natal e o Ano Novo.
O Dia de Ação de Graças é um feriado familiar, onde é normal realizar longas viagens para que os parentes estejam reunidos. Outra grande tradição desse feriado é a comida e a troca de presentes demonstrando carinho. As famílias celebram esse dia com muita fartura gastronômica, onde tipicamente se come peru (por isso, também é conhecido como Turkey Day – Dia do Peru), batata-doce, purê de batata, torta de abóbora, torta de maçã, torta de nozes, entre muitas outras coisas.
Dizem que...
Por volta dos anos 60, na sexta-feira, aconteciam muitos tumultos na volta para casa, e a polícia rodoviária considerava a “sexta-feira negra”, tradução literal, um fato corriqueiro.
Surge, então, o Black Friday como o momento de liquidar as sobras de mercadorias que não foram compradas para a troca de presentes do Dia de Ação de Graças.
Ao mesmo tempo que se dá o início das compras dos presentes do Natal.
No Brasil, o Black Friday começou no ano 2000 por um pequeno grupo de lojas virtuais (cerca de 50). Com muita desconfiança e pequena adesão.
Mas como o que é bom se propaga, várias lojas físicas foram aderindo e dando credibilidade ao evento.
Inicialmente, lojistas despreparados, e em pequeno número, aumentavam os preços para depois darem o desconto. Fazendo o consumidor não acreditar de fato na promoção.
Esse fato já faz parte do passado, hoje, os clientes sabem o valor do produto, descartam os oportunistas, e tiraram de sua preferência quem tinha esse tipo de atitude. O Black Friday deixou de ser mais uma data promocional como as outras, e está crescendo muito no calendário lojista.
Por ordem de vendas, as datas eram 1º lugar, o Natal, 2º lugar, Dia das Mães, 3º lugar, Dia dos Namorados, 4º lugar, Dia dos Pais, e 5º lugar, Black Friday.
Este ano já mudou muito, o Black Friday já é a segunda maior data de venda do varejo e com expectativa de no ano que vem superar o Natal.
Este ano havia um consumo reprimido por parte da população, mais por medo da crise tão falada nos veículos de comunicação, do que na realidade por perda de poder aquisitivo. As famílias ajustaram seus orçamentos, adequaram o seu consumo, estão prontas para consumir, mas sem os exageros que cometiam no passado. O medo do desemprego está diminuindo (em 2017 se gerou 1,2 milhão de novos empregos), os juros estão caindo, todos os fatores nos levam a esperar um excelente Natal, mas com presentes mais simbólicos e de menor valor. Menos ostentação e mais realidade.
Exatamente por isso, o Black Friday está crescendo. Nessa data, as famílias compram os produtos que tinham desejo para consumo próprio sem remorsos ou culpa. Por outro lado, os lojistas estão se preparando melhor para a data, fazendo compras específicas para atrair mais clientes. Fazem grandes compras, com grandes descontos e ainda baixam suas margens para atrair mais clientes. Já tem lojista abrindo suas lojas à meia-noite com fila e segurança para atender melhor os seus clientes.
O mês de novembro vinha mal de vendas, com números de perda de 20% em relação ao mesmo mês de 2016. Depois do Black Friday, os números mudaram, as lojas passaram a ter um crescimento em relação ao mesmo mês de 2016: entre 5% e 10%. O mês foi salvo. E acredito que se abriu, mesmo, as compras para o Natal. No próximo ano, o Black Friday vai vender mais que o Natal.  

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