domingo, 5 de junho de 2016

Jarbas Passarinho (1920-2016)

Jarbas Passarinho, ex-governador do Pará e ex-ministro, morre em Brasília, aos 96 anos.


O ex-ministro, ex-senador e ex-governador do Pará Jarbas Gonçalves Passarinho morreu na manhã deste domingo, 05/06, aos 96 anos, em Brasília, em decorrência de problemas de saúde devido à idade avançada, segundo nota divulgada pelo governo do Pará.

O velório teve início a partir das 13h na Paróquia Militar do Oratório do Soldado, na capital federal, cidade onde morava havia muitos anos. O enterro está marcado para as 16h no Campo da Esperança, também em Brasília.

Nascido em Xapuri, no Acre, em 11 de janeiro de 1920. Filho de Inácio de Loiola Passarinho e Júlia Gonçalves Passarinho. Ingressou na carreira militar e foi alçado à arma de Artilharia, chegando a tenente coronel. Foi casado com Ruth de Castro Gonçalves Passarinho, falecida em agosto de de 1987 e pai de cinco filhos.

Militar de carreira, em agosto de 1962, no governo de João Goulart, alcançou o posto de tenente-coronel. No mesmo ano, passou a chefiar o estado-maior do Comando Militar da Amazônia e da 08ª Região Militar (08ª RM), sediada em Belém. Foi nesse posto que Jarbas Passarinho participou da articulação do movimento político-militar que, em março de 1964, depôs Goulart.

Indicado pelo novo presidente Humberto Castelo Branco, Jarbas Passarinho assumiu o governo do Pará em junho de 1964, eleito por via indireta pela Assembleia Legislativa do estado após o impeachment do governador Aurélio Correia do Carmo, acusado de corrupção pelas novas autoridades.
Filiado à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de apoio à ditadura, tornou-se presidente da seção paraense da sigla. elegeu-se senador pelo Pará pela legenda, em novembro de 1966. Obteve cerca de 205 mil votos. Neste mesmo ano, apoiou a escolha do general Artur da Costa e Silva para suceder o presidente Castelo Branco.

Em março de 1967, um mês depois de ter assumido o cargo no Senado, foi nomeado para o Ministério do Trabalho e Previdência Social. Ainda em 1967, Passarinho passou para a reserva com a patente de coronel.
Como integrante do Conselho de Segurança Nacional, Passarinho foi signatário do AI-5, que deu amplos poderes para o regime militar. Na reunião, Passarinho proferiu uma frase que tornou-se célebre. “Às favas, senhor presidente, neste momento, todos, todos os escrúpulos de consciência”, disse ao justificar por que estava votando a favor do AI-5.

Em 1969, no governo do general Emílio Garrastazu Médici, foi nomeado ministro da da Educação. Em sua gestão, uma novidade foi a criação do Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), em setembro de 1970. O programa tinha a pretensão de diminuir a taxa de analfabetismo de 33%, registrada pelo censo de 1970, para 8%.








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