segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Literatura

"As três Irmãs: como um trio de penetras arrombou a festa”
No começo da era moderna do carnaval carioca, apenas quatro grandes escolas disputavam o título: Mangueira, Portela, Salgueiro e Império Serrano. Mas a brincadeira mudou a partir de 1976, quando três irmãs penetras também assumiram a posição de protagonistas da festa: Beija-Flor de Nilópolis, Imperatriz Leopoldinense e Mocidade Independente de Padre Miguel. Este é o mote do livro As Três Irmãs – Como um Trio de Penetras “Arrombou a Festa”, de autoria de Alan Diniz, Alexandre Medeiros e Fábio Fabato, publicado pela editora NovaTerra.

Nos últimos 36 carnavais, as penetras somaram 25 títulos (em 1980, Beija-Flor e Imperatriz empataram no primeiro lugar, o que gera dupla contagem) e inovações para todos os gostos. Quantos imaginariam que a Imperatriz já foi cenário de novela? Ou então que a Beija-Flor batizou a Mocidade? E a hoje famosa “Paradinha”? Sabiam que a patente está “depositada” em Padre Miguel?

Na intimidade, dizem que são “co-imãs”, termo comumente utilizado na folia, mas já travaram duelos épicos. Foi a Imperatriz quem tirou o primeiro lugar do eterno Cristo Mendigo da Beija-Flor. Foi a Mocidade quem impediu um tricampeonato da Imperatriz e um tetra do povo de Nilópolis. E por aí vai…

Com prefácio de Sérgio Cabral, o livro é formado por 35 crônicas ilustradas, dez para cada agremiação, e cinco textos que misturam passagens comuns a elas. Não faltam referências a nomes consagrados da Avenida, como Fernando Pinto, Neguinho da Beija-Flor e Joãosinho Trinta. João, aliás, faleceu uma semana após a finalização da obra, última homenagem em vida a ele, que é considerado o maior carnavalesco de todos os tempos.

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