quarta-feira, 10 de julho de 2013

Futebol

Taça Libertadores
Competição antes dominada por argentinos e uruguaios tem supremacia brasileira nas duas últimas décadas.
Com o Atlético, times do país batem o recorde em finais: 32

O Atlético pode ser o 10º time brasileiro a conquistar a Taça Libertadores e dar país 17º título da mais importante competição de clubes das Américas. Se o clube mineiro for o campeão, Brasil, pela primeira vez na história, festejará quatro conquistas consecutivas.

Um triunfo do Galo daria ao futebol mineiro sua terceira estrela nessa galeria de campeões, somando-se às duas obtidas pelo Cruzeiro. No caso, Minas deixaria o Rio de Janeiro para trás, com os feitos isolados de Flamengo e Vasco. Mas ainda assim continuaria atrás de gaúchos (a dupla Gre-Nal tem dois títulos cada) e paulistas (três de São Paulo e Santos e um de Palmeiras e Corinthians).

De qualquer forma, uma disputa que nas três primeiras décadas era dominada por argentinos e uruguaios registra dos anos 1990 para cá uma supremacia brasileira. De 1992 a 2013 – 22 edições, portanto –, apenas em três a decisão não contou com equipes do país: 1996, 2001 e 2004. E duas finais foram entre times brasileiros:
2005 (São Paulo x Atlético-PR) e 2006 (Internacional x São Paulo). E em presenças na decisão, o Brasil supera a Argentina (32 a 31).

A hegemonia nesses 54 anos de Libertadores ainda é argentina, com 23 conquistas, quase um terço delas do Independiente, o maior dos campeões (sete vezes), seguido de perto pelo Boca Juniors (seis). Se der Galo na cabeça na atual edição, o Brasil ficará a seis taças de se igualar aos hermanos. Feito que não parece tão distante se o panorama das últimas décadas continuar se repetindo.

Pela terceira vez na história, o capítulo final da competição terá o Mineirão como palco. O Cruzeiro conquistou o título de 1997 em cima do Sporting Cristal e perdeu o de 2009 para o Estudiantes – a taça de 1976 foi levantada em jogo extra no Estádio Nacional, em Santiago do Chile. A edição de 1977 poderia ter sido a primeira a terminar na Pampulha se a Raposa não vencesse o Boca Juniors e forçasse o terceiro jogo, no qual foi derrotada nos pênaltis, no Centenário, em Montevidéu.

AUMENTO DA REPRESENTAÇÃO 
Nos anos de 1960, apenas o campeão da Taça Brasil (hoje oficializada como Campeonato Brasileiro) representava o país. Em 1963, como o Santos detinha o título e só entrava na segunda fase, o Botafogo também participou da competição. No maior clássico interestadual da história do futebol nacional, o Peixe, de Pelé, eliminou o Bota, de Garrincha. Em 1966, 1969 e 1970, por falta de interesse, não houve time brasileiro na disputa.

A partir de 1981, começaram a participar o campeão e o vice brasileiros. Em 1989, a CBF criou a Copa do Brasil, cujo vencedor passou a se classificar para a Libertadores, juntamente com o campeão nacional. Em 2000, uma terceira vaga foi criada, para o vice-campeão brasileiro. E a partir de 2002 o terceiro e o quarto colocados também foram admitidos.

Nos anos mais recentes, com times do país conquistando o principal título continental, até seis times entraram na mesma edição. Desde 2011 o vencedor da Copa Sul-Americana também passou a ter vaga na Libertadores – mas quando isso ocorreu, no ano passado, com a conquista do São Paulo, quem perdeu lugar foi o quarto colocado no Brasileiro.
Fonte: www.carlosferreirajf.blogspot.com

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