sábado, 29 de junho de 2013

Literatura

"Hilda Furacão"
A história de Hilda Furacão se passa em Belo Horizonte no início dos anos 60, Hilda, a Garota do Maiô Dourado, enfeitiçava os homens na beira da piscina em um dos mais tradicionais clubes, o Minas Tênis. Por algum motivo secreto muda-se para o quarto 304 do Maravilhoso Hotel, na zona boêmia da cidade. Transformada em Hilda Furacão, a musa erótica tira o sono da cidade. Sua vida de fada sexual cruza-se com os sonhos de três rapazes vindos do interior, da pequena cidade de Santana dos Ferros: um é inspirado no notório Frei Betto, Malthus, que queria ser santo, mas se tornaria frade franciscano, líder político e escritor. Outro queria ser ator em Hollywood, o Belo, torna-se dom juan de aluguel. O terceiro, aquele que queria ter sua Sierra Maestra, é o próprio Roberto Drumond, narrador da história. Hilda Furacão é o desafio que o santo tem que enfrentar.

Mas os planos dos três são afetados pelo surgimento de Hilda, por quem Malthus se apaixona, passando a enfrentar um intenso conflito, dividido entre a castidade e o pecado. A história é narrada pelas memórias do próprio Drummond, então repórter iniciante do jornal Folha de Minas, encarregado de traçar o perfil de Hilda, uma mulher que desafiou as regras da moral e bons costumes numa época de repressão em que a sociedade, hipócrita, ditava as normas de conduta. O romance é fragmentado, pois possui constantes mudanças de enfoques. Uma primeira que almeja desvendar o mistério da garota do maiô dourado (*a Hilda que desfilava sua beleza pelo Minas Tênis). Uma outra que mistura ficção e realidade histórica brasileira (*ditadura militar e censura); o mais brilhante é que tudo começa e termina no dia 1° de abril que simboliza o dia da mentira, e eis então a grande proposta ficcional do autor.

O romance foi transformado em minissérie de grande sucesso pela TV Globo, com Ana Paula Arósio no papel de Hilda Furacão

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